Tendências de trabalho do futuro: quais as habilidades indispensáveis para qualquer profissional?
A crise provocada pela pandemia da covid-19 ainda demonstra sinais de permanência, mesmo passado um período de dois anos em medidas restritivas. Isso porque as mudanças causadas pelo isolamento puderam ser percebidas em diversos aspectos da vida social, incluindo o mercado de trabalho.
O exemplo mais perceptível foram as modalidades de trabalho. No início da pandemia as empresas precisaram adaptar-se, de forma compulsória, ao meio digital, para que ainda pudessem continuar seus projetos. No entanto, essa tendência tomou conta do mercado, e permanece mesmo com a flexibilização das medidas.
Mesmo com modificações que foram positivas para algumas organizações, o saldo do mercado corporativo ainda está em baixa. A Organização Internacional do Trabalho, OIT, divulgou um relatório em janeiro de 2022 que aponta uma recuperação lenta do mercado neste ano.
Dessa forma, além de investir em estratégias para manter-se competitivas perante ao cenário, bem como reter talentos, as empresas passam por um processo de incorporação de novas tendências. Por sua vez, colaboradores buscam cada vez acompanhar o processo e capacitar-se com habilidades que serão indispensáveis para o futuro do trabalho.
O que deve impactar o mercado?
O conceito de mundo V.U.C.A pode ser utilizado para ilustrar a situação atual do país e do mundo, tanto no mercado de trabalho quanto nas esferas sociais. De forma simplificada, a sigla representa quatro pilares que descrevem o cenário vigente: volátil, incerto, complexo e ambíguo.
O relatório “Futuro do Trabalho” desenvolvido pelo ManpowerGroup Brasil, em parceria com O Futuro das Coisas, também utiliza-se deste conceito, e apresenta as principais tendências de mercado para os próximos anos. Em outras palavras, o estudo delineia quais serão os próximos passos de empresas e organizações para adaptar-se às novas demandas exigidas pela crise e pelo sistema competitivo.
A respeito das práticas que as empresas buscam adotar, é possível destacar novas configurações e dificuldades que vão passar a fazer parte do cotidiano das instituições. Entre essas, destacam-se:
Busca e ampliação de debates sobre diversidade
Movidas inicialmente por movimentos sociais, as pautas a respeito de diversidade encontram-se em alta nas mais diversas esferas sociais. Esse efeito provocou também um debate no mercado de trabalho, colocando em evidência a falta de representatividade em cargos de lideranças e até mesmo no corpo de funcionários. Um exemplo são as contratações de pessoas com deficiência, que ocupam apenas 1% das vagas de trabalho formal.
Dito isso, empresas buscam cada vez mais conduzir seleções e ações internas que busquem a promoção de ambientes diversos, tanto entre seus colaboradores como em seu corpo de lideranças. Processos seletivos exclusivos para minorias são uma das alternativas adotadas.
Falta de mão de obra qualificada
A escassez de mão de obra qualificada é um problema enfrentado em diversos setores, visto que com as mudanças provocadas pelo isolamento e as novas configurações de trabalho os colaboradores precisam apresentar habilidades técnicas específicas.
Outro fator também são as criações de novos trabalhos. Esses, exigem habilidades que muitas vezes não são ensinadas em cursos técnicos e universidades, fazendo com que o candidato precise aprofundar-se no assunto por conta própria, muitas vezes utilizando-se de fontes internacionais.
Saúde mental em evidência
Em 2022 o burnout foi classificado pela OMS como uma das doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. Isso porque a busca pelos lucros e saldos positivos gera um acúmulo de demandas e funções, comprometendo a saúde mental e física dos colaboradores. Essa é apenas uma das doenças e condições que também foram intensificadas pela pandemia.
Como forma de prevenção e até mesmo para melhorar a qualidade de vida dos funcionários, as instituições buscam cada vez mais abordar o tema. Para isso são utilizadas palestras, ações de conscientização e até mesmo benefícios que incluem o tratamento com profissionais especializados em saúde mental.
Mindset digital e autonomia
O meio digital deixou de fazer parte de um processo adaptativo e passou a ser o centro de todas as decisões de diversas empresas. Em outras palavras, a centralização de informações e até mesmo os contatos promovidos pelos negócios passaram a ser realizados exclusivamente pelo on-line.
Esse fenômeno não ocorre apenas nos setores de tecnologia ou corporativos, visto que houve um grande crescimento da migração de pequenos e médios negócios para os e-commerces. O resultado disso foi o fechamento de cerca de R$ 304 bilhões em faturamento apenas nesta modalidade.
Profissional do futuro
Não são apenas as empresas que precisam mudar suas configurações para as novas exigências do mercado. Visto que as vagas tornam-se escassas, e as empresas mais exigentes, os indivíduos também precisam acompanhar as novas habilidades que serão exigidas para estabelecer uma carreira de sucesso.
O Fórum Econômico Mundial, FEM, publicou no final de 2020 o relatório “The Future of Jobs 2020”, traduzido para o português, “O Futuro do Trabalho 2020”. Neste, são abordados diversos aspectos do mercado de trabalho, desde uma análise do cenário atual até tendências para o futuro. Entre os dados, destacam-se as principais habilidades interpessoais que estarão em alta até 2025, sendo possível possível citar:
Pensamento analítico: capacidade de levar contextos mais complexos em consideração no momento de tomada de decisões;
Aprendizagem ativa: desenvolvimento de forma contínua e autônoma, combinando uma capacitação individual com as demandas exigidas pelo mercado;
Resolução de problemas: habilidade em lidar com momentos de crises internas e externas, buscando a melhor solução de forma eficiente;
Criatividade: capacidade de observar em novos cenários uma oportunidade de inovação, buscando desenvolver alternativas para sanar dores internas e externas a empresa;
Liderança: desempenhar um papel central na gestão de times, promovendo crescimento contínuo para si e para os demais colaboradores analisando indicadores estratégicos.
Em resumo, é possível definir os próximos anos do mercado com as palavras tecnologia e adaptação. Visto que a pandemia provocou mudanças significativas, essa tendência promete continuar para empresas e organizações que buscam inovar em seus negócios.
O papel central desse processo é, portanto, do chamado profissional do futuro. Este será capaz de conciliar suas capacitações individuais com as necessidades da instituição em que trabalha, estando atento às modificações, bem como às pautas que estão em alta.
Desenvolvido por: Heloísa Ançanello
Tendências de trabalho do futuro: quais as habilidades indispensáveis para qualquer profissional?
A crise provocada pela pandemia da covid-19 ainda demonstra sinais de permanência, mesmo passado um período de dois anos em medidas restritivas. Isso porque as mudanças causadas pelo isolamento puderam ser percebidas em diversos aspectos da vida social, incluindo o mercado de trabalho.
O exemplo mais perceptível foram as modalidades de trabalho. No início da pandemia as empresas precisaram adaptar-se, de forma compulsória, ao meio digital, para que ainda pudessem continuar seus projetos. No entanto, essa tendência tomou conta do mercado, e permanece mesmo com a flexibilização das medidas.
Mesmo com modificações que foram positivas para algumas organizações, o saldo do mercado corporativo ainda está em baixa. A Organização Internacional do Trabalho, OIT, divulgou um relatório em janeiro de 2022 que aponta uma recuperação lenta do mercado neste ano.
Dessa forma, além de investir em estratégias para manter-se competitivas perante ao cenário, bem como reter talentos, as empresas passam por um processo de incorporação de novas tendências. Por sua vez, colaboradores buscam cada vez acompanhar o processo e capacitar-se com habilidades que serão indispensáveis para o futuro do trabalho.
O que deve impactar o mercado?
O conceito de mundo V.U.C.A pode ser utilizado para ilustrar a situação atual do país e do mundo, tanto no mercado de trabalho quanto nas esferas sociais. De forma simplificada, a sigla representa quatro pilares que descrevem o cenário vigente: volátil, incerto, complexo e ambíguo.
O relatório “Futuro do Trabalho” desenvolvido pelo ManpowerGroup Brasil, em parceria com O Futuro das Coisas, também utiliza-se deste conceito, e apresenta as principais tendências de mercado para os próximos anos. Em outras palavras, o estudo delineia quais serão os próximos passos de empresas e organizações para adaptar-se às novas demandas exigidas pela crise e pelo sistema competitivo.
A respeito das práticas que as empresas buscam adotar, é possível destacar novas configurações e dificuldades que vão passar a fazer parte do cotidiano das instituições. Entre essas, destacam-se:
Busca e ampliação de debates sobre diversidade
Movidas inicialmente por movimentos sociais, as pautas a respeito de diversidade encontram-se em alta nas mais diversas esferas sociais. Esse efeito provocou também um debate no mercado de trabalho, colocando em evidência a falta de representatividade em cargos de lideranças e até mesmo no corpo de funcionários. Um exemplo são as contratações de pessoas com deficiência, que ocupam apenas 1% das vagas de trabalho formal.
Dito isso, empresas buscam cada vez mais conduzir seleções e ações internas que busquem a promoção de ambientes diversos, tanto entre seus colaboradores como em seu corpo de lideranças. Processos seletivos exclusivos para minorias são uma das alternativas adotadas.
Falta de mão de obra qualificada
A escassez de mão de obra qualificada é um problema enfrentado em diversos setores, visto que com as mudanças provocadas pelo isolamento e as novas configurações de trabalho os colaboradores precisam apresentar habilidades técnicas específicas.
Outro fator também são as criações de novos trabalhos. Esses, exigem habilidades que muitas vezes não são ensinadas em cursos técnicos e universidades, fazendo com que o candidato precise aprofundar-se no assunto por conta própria, muitas vezes utilizando-se de fontes internacionais.
Saúde mental em evidência
Em 2022 o burnout foi classificado pela OMS como uma das doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. Isso porque a busca pelos lucros e saldos positivos gera um acúmulo de demandas e funções, comprometendo a saúde mental e física dos colaboradores. Essa é apenas uma das doenças e condições que também foram intensificadas pela pandemia.
Como forma de prevenção e até mesmo para melhorar a qualidade de vida dos funcionários, as instituições buscam cada vez mais abordar o tema. Para isso são utilizadas palestras, ações de conscientização e até mesmo benefícios que incluem o tratamento com profissionais especializados em saúde mental.
Mindset digital e autonomia
O meio digital deixou de fazer parte de um processo adaptativo e passou a ser o centro de todas as decisões de diversas empresas. Em outras palavras, a centralização de informações e até mesmo os contatos promovidos pelos negócios passaram a ser realizados exclusivamente pelo on-line.
Esse fenômeno não ocorre apenas nos setores de tecnologia ou corporativos, visto que houve um grande crescimento da migração de pequenos e médios negócios para os e-commerces. O resultado disso foi o fechamento de cerca de R$ 304 bilhões em faturamento apenas nesta modalidade.
Profissional do futuro
Não são apenas as empresas que precisam mudar suas configurações para as novas exigências do mercado. Visto que as vagas tornam-se escassas, e as empresas mais exigentes, os indivíduos também precisam acompanhar as novas habilidades que serão exigidas para estabelecer uma carreira de sucesso.
O Fórum Econômico Mundial, FEM, publicou no final de 2020 o relatório “The Future of Jobs 2020”, traduzido para o português, “O Futuro do Trabalho 2020”. Neste, são abordados diversos aspectos do mercado de trabalho, desde uma análise do cenário atual até tendências para o futuro. Entre os dados, destacam-se as principais habilidades interpessoais que estarão em alta até 2025, sendo possível possível citar:
Pensamento analítico: capacidade de levar contextos mais complexos em consideração no momento de tomada de decisões;
Aprendizagem ativa: desenvolvimento de forma contínua e autônoma, combinando uma capacitação individual com as demandas exigidas pelo mercado;
Resolução de problemas: habilidade em lidar com momentos de crises internas e externas, buscando a melhor solução de forma eficiente;
Criatividade: capacidade de observar em novos cenários uma oportunidade de inovação, buscando desenvolver alternativas para sanar dores internas e externas a empresa;
Liderança: desempenhar um papel central na gestão de times, promovendo crescimento contínuo para si e para os demais colaboradores analisando indicadores estratégicos.
Em resumo, é possível definir os próximos anos do mercado com as palavras tecnologia e adaptação. Visto que a pandemia provocou mudanças significativas, essa tendência promete continuar para empresas e organizações que buscam inovar em seus negócios.
O papel central desse processo é, portanto, do chamado profissional do futuro. Este será capaz de conciliar suas capacitações individuais com as necessidades da instituição em que trabalha, estando atento às modificações, bem como às pautas que estão em alta.
Desenvolvido por: Heloísa Ançanello