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Lingopass
25.10.2021

Aprendizado de idiomas na vida adulta: equilíbrio entre estudos e trabalho

Dentro do mercado corporativo e empresarial o domínio de idiomas deixou de ser um diferencial e assumiu o papel de pré-requisito para candidatos. Isso porque, além de auxiliar nas demandas cotidianas, também contribui tanto para a expansão para mercados internacionais, bem como para alavancar carreiras pessoais.

Além disso, não apenas o inglês, mas também o espanhol e francês são idiomas que começaram a dominar o mercado. Como consequência, diversas empresas buscam capacitar seus colaboradores a fim de atingir os melhores resultados.

Verdade ou mito?

Existem diversos boatos acerca do aprendizado de idiomas. Entre estes é possível citar a falta de habilidade em aprender uma língua estrangeira na vida adulta. O fato é que, mesmo no mundo acadêmico, não há um consenso sobre a idade ideal para esse processo. 

Constata-se que, quanto mais jovem, o conteúdo é absorvido com maior facilidade, no entanto, a idade adulta não inibe ou atrasa nenhum tipo de ensino, apenas ocorre de forma diferente. 

Josh Tenenbaum, coautor do estudo e professor de Ciências Cognitivas no MIT afirma que "em geral, a idade de 17 e 18 anos é o período em que muitas sociedades deixam de considerar uma pessoa menor de idade. Depois disso, ela (jovem) muitas vezes sai de casa, ou talvez comece a trabalhar em tempo integral ou vá estudar algo específico na universidade. Tudo isso pode afetar seu ritmo de aprendizado de qualquer idioma."

Ainda, é possível prever se o aprendizado de uma língua estrangeira será mais fácil ou não para certas pessoas através de um teste de aptidão, no entanto, o resultado não é uma verdade absoluta. Isso porque outros fatores intervêm tanto na aprendizagem, quanto na jornada do aluno e sua relação com o idioma em questão. 

Em outras palavras, alguns alunos já carregam suas próprias crenças, e isso dificulta o processo de aprendizagem. Essas crenças normalmente estão relacionadas ao mito da dificuldade de aprender durante a vida adulta.

A questão da afetividade também pode trazer implicações, como exemplifica o artigo publicado pela PUC Paraná no X Congresso Nacional de Educação em 2011, “se o sujeito não tiver certa afinidade pela língua que está aprendendo terá mais dificuldades no processo.” Esta pode ser tanto relacionada com a língua, bem como com o ambiente que está inserido. 

Dessa forma, o modelo de curso, e os professores têm efeitos positivos ou negativos, a depender do caso: “se o aluno não se sentir confortável e seguro provavelmente não conseguirá executar as atividades orais, por exemplo, que acabam exigindo certa “exposição” por parte do aprendiz.” 

Outro fator que acarreta mudanças significativas na relação aluno-aprendizado é a motivação. Essa pode se manifestar tanto de forma coletiva, quanto individual. Por exemplo, crescimento de um setor da empresa, viagens de negócios, ou ainda objetivos a longo prazo como mudança de país. 

Uma vez que o aluno estabelece uma motivação, que pode ser atingida ou mensurada, o processo de aprendizagem da língua estrangeira provoca mais significado. Portanto, torna-se mais produtiva, fácil e até mesmo gratificante. 

Soft Skills

Como foi exemplificado acima, é possível conciliar a vida adulta com os estudos de uma língua estrangeira. No entanto, diversos fatores estão atrelados ao sucesso da jornada de aprendizado. 

Estes, podem ser traduzidos em algumas soft skills que precisam caminhar em conjunto com o aluno para que o processo ocorra. Em outras palavras, ao passo que se desenvolvem habilidades ligadas ao idioma, as habilidades interpessoais também são amplificadas. Sendo assim, é possível citar:

As habilidades citadas acima podem ser ainda mais potencializadas com o aprendizado de idiomas, uma vez que esses proporcionam novas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Por exemplo, ao especializar-se em um idioma, é possível conduzir uma apresentação de trabalho criativa e eficaz, utilizando-se ainda da persuasão para a transmissão de informações. Isso porque, o processo para a apresentação começa muito antes dos slides

É preciso analisar dados, conhecer o público e ainda preparar-se para possíveis imprevistos. Pensando em um reunião no idioma estrangeiro, essas habilidades interpessoais são ainda mais necessárias para um bom desempenho.

Estudos e vida profissional

Além dos mitos acerca da dificuldade de aprendizado, existem outros empecilhos para que um adulto inicie seus estudos de língua estrangeira. O principal deles é o trabalho. No entanto, é possível conciliar as duas rotinas, e ainda ter tempo para atividades de lazer e tempo com a família.

Para que isso aconteça, é preciso considerar o estudo em idiomas não apenas como um momento teórico, mas sim como um investimento. Este investimento está ligado diretamente ao futuro pessoal e profissional do aluno, podendo gerar novas e melhores oportunidades de trabalho, bem como proporcionar experiências com países estrangeiros.

Após constatar a importância deste investimento, é preciso organizar a rotina pessoal e profissional, conciliando ambos com os estudos. Para isso, é possível citar algumas boas práticas como:

Defina a rotina

Para o bom aprendizado de idiomas, é preciso estar em constante aperfeiçoamento e também colocá-lo em prática sempre que possível. Dessa forma, é preciso definir uma rotina fixa a ser seguida, elaborando uma agenda pessoal e profissional na qual será possível destinar uma certa carga horária aos estudos.

Para isso, recomenda-se que se leve em consideração tanto os horários de trabalho, bem como atividades rotineiras, atividades físicas e até mesmo de lazer. Portanto, é possível equilibrar os principais eixos que levam ao sucesso do aprendizado.

Estabeleça prioridades

Como descrito anteriormente, o estudo de língua estrangeira deve estar atrelado a um objetivo ou motivação. Dessa forma, é preciso estabelecer prioridades tanto para o ensino, quanto para a vida pessoal e profissional.

Em outras palavras, a definição de metas a curto, médio e longo prazo pode definir o ritmo de estudos, bem como conduzi-los juntamente com as outras rotinas.

As prioridades também devem ser estabelecidas em outras áreas pessoais, como por exemplo, atividades do trabalho, metas pessoais, ou quaisquer outras atividades. Com a definição de prioridades, portanto, é possível que não haja sobrecarga e que as atividades não sejam postergadas.

Tenha momentos de lazer

Os momentos de lazer são fundamentais para o aprendizado, bem como para a saúde mental de qualquer pessoa. Além disso, é possível unir os momentos de aprendizado com aqueles de descontração.

Um exemplo é o consumo de filmes, séries e até mesmo livros no idioma estrangeiro em questão. Através desse contato próximo e informal com a língua, é possível estabelecer conexões mais profundas, e assim assimilar os conteúdos com maior facilidade.

Além disso, esta é uma ótima oportunidade de incluir os idiomas estrangeiros para todos os membros da família, e até mesmo organizar uma rede de apoio.


A partir das boas práticas descritas, é possível unir o aprendizado multi-idiomas com a rotina profissional, bem como incluí-los em atividades familiares, ampliando o conhecimento.

Desenvolvido por: Heloísa Ançanello

Aprendizado de idiomas na vida adulta: equilíbrio entre estudos e trabalho

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Lingopass
25.10.2021
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Dentro do mercado corporativo e empresarial o domínio de idiomas deixou de ser um diferencial e assumiu o papel de pré-requisito para candidatos. Isso porque, além de auxiliar nas demandas cotidianas, também contribui tanto para a expansão para mercados internacionais, bem como para alavancar carreiras pessoais.

Além disso, não apenas o inglês, mas também o espanhol e francês são idiomas que começaram a dominar o mercado. Como consequência, diversas empresas buscam capacitar seus colaboradores a fim de atingir os melhores resultados.

Verdade ou mito?

Existem diversos boatos acerca do aprendizado de idiomas. Entre estes é possível citar a falta de habilidade em aprender uma língua estrangeira na vida adulta. O fato é que, mesmo no mundo acadêmico, não há um consenso sobre a idade ideal para esse processo. 

Constata-se que, quanto mais jovem, o conteúdo é absorvido com maior facilidade, no entanto, a idade adulta não inibe ou atrasa nenhum tipo de ensino, apenas ocorre de forma diferente. 

Josh Tenenbaum, coautor do estudo e professor de Ciências Cognitivas no MIT afirma que "em geral, a idade de 17 e 18 anos é o período em que muitas sociedades deixam de considerar uma pessoa menor de idade. Depois disso, ela (jovem) muitas vezes sai de casa, ou talvez comece a trabalhar em tempo integral ou vá estudar algo específico na universidade. Tudo isso pode afetar seu ritmo de aprendizado de qualquer idioma."

Ainda, é possível prever se o aprendizado de uma língua estrangeira será mais fácil ou não para certas pessoas através de um teste de aptidão, no entanto, o resultado não é uma verdade absoluta. Isso porque outros fatores intervêm tanto na aprendizagem, quanto na jornada do aluno e sua relação com o idioma em questão. 

Em outras palavras, alguns alunos já carregam suas próprias crenças, e isso dificulta o processo de aprendizagem. Essas crenças normalmente estão relacionadas ao mito da dificuldade de aprender durante a vida adulta.

A questão da afetividade também pode trazer implicações, como exemplifica o artigo publicado pela PUC Paraná no X Congresso Nacional de Educação em 2011, “se o sujeito não tiver certa afinidade pela língua que está aprendendo terá mais dificuldades no processo.” Esta pode ser tanto relacionada com a língua, bem como com o ambiente que está inserido. 

Dessa forma, o modelo de curso, e os professores têm efeitos positivos ou negativos, a depender do caso: “se o aluno não se sentir confortável e seguro provavelmente não conseguirá executar as atividades orais, por exemplo, que acabam exigindo certa “exposição” por parte do aprendiz.” 

Outro fator que acarreta mudanças significativas na relação aluno-aprendizado é a motivação. Essa pode se manifestar tanto de forma coletiva, quanto individual. Por exemplo, crescimento de um setor da empresa, viagens de negócios, ou ainda objetivos a longo prazo como mudança de país. 

Uma vez que o aluno estabelece uma motivação, que pode ser atingida ou mensurada, o processo de aprendizagem da língua estrangeira provoca mais significado. Portanto, torna-se mais produtiva, fácil e até mesmo gratificante. 

Soft Skills

Como foi exemplificado acima, é possível conciliar a vida adulta com os estudos de uma língua estrangeira. No entanto, diversos fatores estão atrelados ao sucesso da jornada de aprendizado. 

Estes, podem ser traduzidos em algumas soft skills que precisam caminhar em conjunto com o aluno para que o processo ocorra. Em outras palavras, ao passo que se desenvolvem habilidades ligadas ao idioma, as habilidades interpessoais também são amplificadas. Sendo assim, é possível citar:

As habilidades citadas acima podem ser ainda mais potencializadas com o aprendizado de idiomas, uma vez que esses proporcionam novas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Por exemplo, ao especializar-se em um idioma, é possível conduzir uma apresentação de trabalho criativa e eficaz, utilizando-se ainda da persuasão para a transmissão de informações. Isso porque, o processo para a apresentação começa muito antes dos slides

É preciso analisar dados, conhecer o público e ainda preparar-se para possíveis imprevistos. Pensando em um reunião no idioma estrangeiro, essas habilidades interpessoais são ainda mais necessárias para um bom desempenho.

Estudos e vida profissional

Além dos mitos acerca da dificuldade de aprendizado, existem outros empecilhos para que um adulto inicie seus estudos de língua estrangeira. O principal deles é o trabalho. No entanto, é possível conciliar as duas rotinas, e ainda ter tempo para atividades de lazer e tempo com a família.

Para que isso aconteça, é preciso considerar o estudo em idiomas não apenas como um momento teórico, mas sim como um investimento. Este investimento está ligado diretamente ao futuro pessoal e profissional do aluno, podendo gerar novas e melhores oportunidades de trabalho, bem como proporcionar experiências com países estrangeiros.

Após constatar a importância deste investimento, é preciso organizar a rotina pessoal e profissional, conciliando ambos com os estudos. Para isso, é possível citar algumas boas práticas como:

Defina a rotina

Para o bom aprendizado de idiomas, é preciso estar em constante aperfeiçoamento e também colocá-lo em prática sempre que possível. Dessa forma, é preciso definir uma rotina fixa a ser seguida, elaborando uma agenda pessoal e profissional na qual será possível destinar uma certa carga horária aos estudos.

Para isso, recomenda-se que se leve em consideração tanto os horários de trabalho, bem como atividades rotineiras, atividades físicas e até mesmo de lazer. Portanto, é possível equilibrar os principais eixos que levam ao sucesso do aprendizado.

Estabeleça prioridades

Como descrito anteriormente, o estudo de língua estrangeira deve estar atrelado a um objetivo ou motivação. Dessa forma, é preciso estabelecer prioridades tanto para o ensino, quanto para a vida pessoal e profissional.

Em outras palavras, a definição de metas a curto, médio e longo prazo pode definir o ritmo de estudos, bem como conduzi-los juntamente com as outras rotinas.

As prioridades também devem ser estabelecidas em outras áreas pessoais, como por exemplo, atividades do trabalho, metas pessoais, ou quaisquer outras atividades. Com a definição de prioridades, portanto, é possível que não haja sobrecarga e que as atividades não sejam postergadas.

Tenha momentos de lazer

Os momentos de lazer são fundamentais para o aprendizado, bem como para a saúde mental de qualquer pessoa. Além disso, é possível unir os momentos de aprendizado com aqueles de descontração.

Um exemplo é o consumo de filmes, séries e até mesmo livros no idioma estrangeiro em questão. Através desse contato próximo e informal com a língua, é possível estabelecer conexões mais profundas, e assim assimilar os conteúdos com maior facilidade.

Além disso, esta é uma ótima oportunidade de incluir os idiomas estrangeiros para todos os membros da família, e até mesmo organizar uma rede de apoio.


A partir das boas práticas descritas, é possível unir o aprendizado multi-idiomas com a rotina profissional, bem como incluí-los em atividades familiares, ampliando o conhecimento.

Desenvolvido por: Heloísa Ançanello

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