A importância do ESG como pauta para as empresas e o seu enorme potencial transformador
Que o mundo é hoje extremamente globalizado, já sabemos, mas o nível de interdependência e conexão a que chegamos é muito intenso, sobretudo graças às tecnologias e às redes sociais, que permitem a formação de relações entre sujeitos de quaisquer partes do mundo. O que acontece em um determinado lugar, fácil e rapidamente repercute nos demais países, principalmente se o fato em si for dotado de maior relevância. Além disso, verifica-se que a sociedade, como um todo, exerce um julgamento de valor bastante rígido no que concerne a temas como a preservação do meio-ambiente, respeito aos direitos humanos, etc.
As empresas estão igualmente inseridas dentro desse cenário, tendo em vista que são agentes importantes na estrutura social e, por essa razão, demonstram cada vez mais preocupação com sua “imagem” ao redor do mundo e com suas ações. A pandemia que vivemos há mais de 15 meses acelerou e antecipou discussões referentes às mudanças culturais, econômicas, sociais e ambientais que temos experimentado, exigindo respostas firmes e conscientes por parte das empresas.
E é nesse contexto que devemos falar do ESG – em inglês Environmental, Social, Governance -, que traduzimos ao português como “Ambiental, Social e Governança”. Trata-se de um termo usado para descrever o quanto uma empresa procura reduzir danos ao meio-ambiente, atuando de maneira sustentável e adotando as melhores práticas administrativas, é dizer, são três critérios cristalizadores das boas práticas e padrões que definem se a operação da empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Percebe-se que isso é um mero reflexo das exigências das novas gerações, cada vez mais “antenadas” e dispostas a exercer pressão sobre os agentes para que adotem comportamentos política e socialmente corretos.
Apesar da popularização recente do termo, já há algum tempo existe uma preocupação com investimentos em empresas sustentáveis. Na década de 70 e 80, de fato, surgiu o termo Socially Responsible Investing (SRI), relativo aos fundos de investimento que passaram a considerar critérios sociais na tomada de decisões sobre quais empresas deveriam receber o aporte financeiro. Em 1971, por exemplo, foi criado o PAXWX - Pax Sustainable Allocation Fund Investor Class -, primeiro fundo de investimento responsável e que não investia em empresas que financiavam a Guerra do Vietnã, conflito armado que contava com pouquíssimo apoio da população dos EUA.
Contudo, a sigla ESG surgiu oficialmente em 2005, num relatório intitulado Who Cares Wins – “ganha quem se importa” -, resultado de iniciativa da ONU que buscava mostrar como empresas engajadas em tais domínios tinham melhores resultados. Esses critérios constituem uma via de mão-dupla, no sentido de que, ao mesmo tempo em que são considerados para tomar decisões sobre investimentos nas empresas, representam igualmente um incentivo para que essas últimas melhorem sua performance social, ambiental e de gestão, visando atrair mais investimentos a longo prazo. Forma-se, portanto, um ciclo que se autoalimenta e produz benefícios para a sociedade.
Além disso, ao se destrinchar as três letras da sigla, verifica-se que o “ambiental” se refere a práticas como o uso de fontes de energias renováveis por parte da empresa ou o desenvolvimento de embalagens recicláveis; o aspecto da “governança”, por sua vez, é relativo à administração da empresa, considerando-se, então, se são públicas as suas principais informações, por exemplo, e se existem práticas de anticorrupção; por fim, o “social” diz respeito à maneira como a organização lida e trata as pessoas que dela fazem parte e a comunidade do seu entorno. Assim, observa-se se a empresa realiza projetos sociais com a comunidade local e promove ou patrocina eventos culturais e sociais.
É ultrapassada, portanto, a visão dos negócios que se orientavam tão somente pelo potencial de valor econômico, de modo que, hoje, se busca ainda sempre gerar lucros, porém com um propósito. De tal modo, o ESG serve de balizador para atestar que a empresa tem consciência da influência que exerce, do impacto positivo ou negativo que pode gerar por meio dos seus negócios perante todo o seu ecossistema de relacionamento.
A importância do ESG como pauta para as empresas e o seu enorme potencial transformador
Que o mundo é hoje extremamente globalizado, já sabemos, mas o nível de interdependência e conexão a que chegamos é muito intenso, sobretudo graças às tecnologias e às redes sociais, que permitem a formação de relações entre sujeitos de quaisquer partes do mundo. O que acontece em um determinado lugar, fácil e rapidamente repercute nos demais países, principalmente se o fato em si for dotado de maior relevância. Além disso, verifica-se que a sociedade, como um todo, exerce um julgamento de valor bastante rígido no que concerne a temas como a preservação do meio-ambiente, respeito aos direitos humanos, etc.
As empresas estão igualmente inseridas dentro desse cenário, tendo em vista que são agentes importantes na estrutura social e, por essa razão, demonstram cada vez mais preocupação com sua “imagem” ao redor do mundo e com suas ações. A pandemia que vivemos há mais de 15 meses acelerou e antecipou discussões referentes às mudanças culturais, econômicas, sociais e ambientais que temos experimentado, exigindo respostas firmes e conscientes por parte das empresas.
E é nesse contexto que devemos falar do ESG – em inglês Environmental, Social, Governance -, que traduzimos ao português como “Ambiental, Social e Governança”. Trata-se de um termo usado para descrever o quanto uma empresa procura reduzir danos ao meio-ambiente, atuando de maneira sustentável e adotando as melhores práticas administrativas, é dizer, são três critérios cristalizadores das boas práticas e padrões que definem se a operação da empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Percebe-se que isso é um mero reflexo das exigências das novas gerações, cada vez mais “antenadas” e dispostas a exercer pressão sobre os agentes para que adotem comportamentos política e socialmente corretos.
Apesar da popularização recente do termo, já há algum tempo existe uma preocupação com investimentos em empresas sustentáveis. Na década de 70 e 80, de fato, surgiu o termo Socially Responsible Investing (SRI), relativo aos fundos de investimento que passaram a considerar critérios sociais na tomada de decisões sobre quais empresas deveriam receber o aporte financeiro. Em 1971, por exemplo, foi criado o PAXWX - Pax Sustainable Allocation Fund Investor Class -, primeiro fundo de investimento responsável e que não investia em empresas que financiavam a Guerra do Vietnã, conflito armado que contava com pouquíssimo apoio da população dos EUA.
Contudo, a sigla ESG surgiu oficialmente em 2005, num relatório intitulado Who Cares Wins – “ganha quem se importa” -, resultado de iniciativa da ONU que buscava mostrar como empresas engajadas em tais domínios tinham melhores resultados. Esses critérios constituem uma via de mão-dupla, no sentido de que, ao mesmo tempo em que são considerados para tomar decisões sobre investimentos nas empresas, representam igualmente um incentivo para que essas últimas melhorem sua performance social, ambiental e de gestão, visando atrair mais investimentos a longo prazo. Forma-se, portanto, um ciclo que se autoalimenta e produz benefícios para a sociedade.
Além disso, ao se destrinchar as três letras da sigla, verifica-se que o “ambiental” se refere a práticas como o uso de fontes de energias renováveis por parte da empresa ou o desenvolvimento de embalagens recicláveis; o aspecto da “governança”, por sua vez, é relativo à administração da empresa, considerando-se, então, se são públicas as suas principais informações, por exemplo, e se existem práticas de anticorrupção; por fim, o “social” diz respeito à maneira como a organização lida e trata as pessoas que dela fazem parte e a comunidade do seu entorno. Assim, observa-se se a empresa realiza projetos sociais com a comunidade local e promove ou patrocina eventos culturais e sociais.
É ultrapassada, portanto, a visão dos negócios que se orientavam tão somente pelo potencial de valor econômico, de modo que, hoje, se busca ainda sempre gerar lucros, porém com um propósito. De tal modo, o ESG serve de balizador para atestar que a empresa tem consciência da influência que exerce, do impacto positivo ou negativo que pode gerar por meio dos seus negócios perante todo o seu ecossistema de relacionamento.
Lingopass e seu relacionamento com o ESG
O Lingopass é consciente da sua posição enquanto agente social e se orienta com base nos critérios estabelecidos pelo ESG, buscando causar um real impacto positivo não apenas nos colaboradores, mas também nas comunidades e sociedade como um todo, oferecendo uma oportunidade de transformação e de imersão cultural. Por essa razão, em março de 2021, criou-se o Empowering Talents, programa de apoio à aprendizagem do inglês destinado a jovens profissionais em situação de vulnerabilidade econômica e social, ambicionando capacitar um milhão de talentos até 2025.
Em meio ao difícil cenário de crise vivenciado pelo Brasil, o IBGE estima que quase 30% do total de pessoas que busca colocação no mercado de trabalho é formado por jovens de 18 a 24 anos. Além disso, apenas 5% da população brasileira saberia se comunicar em inglês (sendo que destes apenas 1% teria algum grau de proficiência), daí porque a enorme relevância desse programa.
Com o aprendizado de um novo idioma, aumentam-se a empregabilidade, a atratividade, a renda do jovem, a sua autoestima, as suas habilidades, assim como a possibilidade de conexão e networking com pessoas e organização. Ou seja, tais jovens em situação de vulnerabilidade experienciariam um aumento da sua atratividade no mercado de trabalho, tendo maiores oportunidades de acesso a posições e vagas, antes ocupados por pessoas bilíngues, que geralmente, no Brasil, são aquelas que desfrutam de uma posição social mais privilegiada.
Cabe ressaltar que as empresas devem dar maior destaque aos seus trainees, estagiários e jovens aprendizes, investindo na sua capacitação desde cedo, tendo em vista que são jovens com muito potencial e muita vontade de aprender. Esse investimento alavanca a carreira desses profissionais e representa uma aposta a longo prazo, podendo render frutos muito positivos no futuro, tanto para a empresa, quanto, sem dúvidas, para os profissionais.
Com efeito, segundo a 57ª pesquisa salarial da Catho Online, no ano de 2020, a diferença de média entre trainees, estagiários e aprendizes que falam inglês fluentemente para aqueles que não falam era em torno de 40%, dado que apenas demonstra o impacto positivo que o programa causaria na vida desses jovens, oferecendo-lhes boa vantagem competitiva.
Em conclusão, os desafios que vivemos atualmente exigem respostas conscientes das empresas, no que diz respeito à preservação do meio ambiente, à governança corporativa e à inclusão e respeito com os funcionários e as comunidades locais. Uma empresa é um ator social, dotado de um enorme potencial transformador, de modo que, em um cenário de crise, não pode se distanciar da realidade do país.
A capacitação de jovens profissionais em situação de vulnerabilidade econômica e social é uma medida afirmativa que contribui – e muito – para a formação de uma sociedade realmente diversa, plural e mais justa, e o acesso ao ensino de idiomas é uma oportunidade cultural e humana que tem esse objetivo como central.