Como cuidar de talentos com um baixo orçamento?
Em tempos de recessão, muitas empresas podem perder a visão de longo alcance, e acabam tomando medidas drásticas de contenção devido ao baixo orçamento. Entretanto, existe a possibilidade de um período de crescimento econômico pós pandemia, ou ainda uma melhora no cenário econômico, promovendo mais mudanças no setor empresarial.
Os líderes e gestores bem sucedidos serão aqueles que, através de uma visão sistêmica, conseguirão analisar a organização que fazem parte pensando a longo prazo. Mais do que nunca é fundamental analisar tanto o quadro de finanças quanto as necessidades das pessoas que compõem a organização.
Os melhores talentos desenvolvem-se a partir de situações de extremo desafio. Ainda assim, as pessoas precisam se sentir valorizadas para entregarem resultados ainda melhores. Por isso, políticas de benefícios e estratégias de nutrição e retenção de talentos devem estar na pauta das reuniões organizacionais.
A seguir, serão expostas algumas táticas para cuidar de talentos mesmo com o orçamento apertado e principalmente levando em consideração as seguintes questões:
- As skills que serão necessárias para continuar operando, e principalmente evoluindo em um momento que inovação, criatividade e agilidade são necessárias.
- Quais serão as demandas futuras aceleradas pela pandemia, bem como a forma que os talentos podem ajudar a organização a posicionar-se com soluções para atender essas necessidades
O segredo
Enganam-se os gestores que pensam ser justificável reduzir benefícios dos colaboradores devido ao corte de gastos para resguardar o caixa. Certamente, os investimentos colocados em pauta deverão ser pensados da forma mais estratégica e rentável possível. Este é um fato que as pesquisas internacionais constataram analisando empresas do mundo todo.
Um estudo conduzido por WillisTowersWatson em abril de 2020 com 635 empresas da LATAM, teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia em relação às estratégias organizacionais. A partir disso, constatou que quase um terço das organizações congelou salários de seus colaboradores. Ainda, dois terços das empresas também congelaram ou postergaram novas contratações, e 36% planejavam ou consideravam realizar demissões.
Entretanto, pesquisadores da Harvard Business School analisaram 4.700 empresas durante três recessões econômicas, e descobriram o segredo de sucesso de 9% das empresas avaliadas que saíram da crise muito melhor do que entraram graças à sua visão de futuro e bons investimentos. No estudo, perceberam que tanto empresas que fizeram cortes agressivos quanto que apostaram em grandes investimentos não tinham chances tão altas de recuperação. O segredo seria um equilíbrio entre investimentos estratégicos e redução seletiva de custos.
Em outras palavras, não é um momento apenas de cortes ou congelamento de vagas. Mas sim uma oportunidade para investir em profissionais e competências que ajudem a empresa a crescer no período de retomada da economia.
Flexibilização do trabalho remoto
Em relação aos principais desafios do RH na expansão internacional dos negócios, a pesquisa da ADP e do The Economist Intelligence Unit para a revista EXAME constatou que antes da pandemia, 66% das organizações que necessitavam de habilidades especializadas já procuravam profissionais além das fronteiras de seu país de origem.
Não é à toa que crescem oportunidades de conquistar vagas em multinacionais para quem possui proficiência em idiomas estrangeiros. Ainda, profissionais que falam fluentemente inglês ganham 61% mais que aqueles que falam apenas o básico da língua.
É redundante salientar a importância do conhecimento em idiomas neste sentido. Hoje em dia, relatórios de áreas específicas são lançados internacionalmente, e afirmam que falar um idioma com proficiência é indispensável. Isso tanto para ter empregabilidade e conquistar uma vaga em uma multinacional, ou até mesmo para migrar para outros países.
“Será uma grande oportunidade tanto para as empresas buscarem talentos fora de seus países, como também para os próprios talentos. Uma vez identificados por competidores internacionais, uma parte da força de trabalho no Brasil será mais valorizada.”, diz Mariane Guerra, VP de RH da ADP na América Latina.
Fortalecimento da cultura organizacional
Empresas têm estratégias de marca com uma promessa de valor para seus produtos e serviços a fim de atrair novos clientes ou aumentar os negócios existentes. No entanto, poucas percebem a importância de desenvolver e proporcionar uma proposta de valor de emprego atraente para recrutar e reter os melhores talentos.
Ainda que muitas organizações estejam cortando custos para salvar os salários dos funcionários, é ainda mais crucial desenvolver e permear a cultura organizacional. Dessa forma, mesmo em tempos incertos, o espírito de equipe é o que move a organização em direção às suas metas.
O salário pode ser importante, mas pesquisas mostram que o que realmente motiva os funcionários é um alto nível de autonomia, habilidades e propósito. Sem dúvida, acordos de trabalho flexíveis continuarão a ser fundamentais, assim como a oportunidade de continuar aprendendo e crescendo enquanto trabalha.
Portanto, fomentar um ambiente de educação e treinamento pode ser uma estratégia simples, mas eficaz. Não somente para nutrir talentos, mas principalmente engajá-los mesmo à distância e ainda capacitá-los em um conhecimento útil para a organização.
Direcionar os investimentos para o que realmente importa é uma estratégia que influencia diretamente o ROI da empresa. Investir em treinamento em idiomas mesmo em tempos de crise pode abrir portas para o mercado.
Línguas estrangeiras
Além das línguas estrangeiras serem uma competência chave nos negócios em um mundo cada vez mais globalizado, a expansão cultural conquistada através do aprendizado de idiomas, além do surpreendente benefício do aprendizado de soft skills, é um grande diferencial a ser oferecido para o colaborador.
Essa ação mostra uma atenção especial aos maiores sonhos dos próprios colaboradores: viajar para o exterior, continuar seus estudos em uma universidade estrangeira, mudar-se de país, entre outros.
Embora grande parte do mercado esteja vivenciando um momento de contenção de gastos e incertezas quanto às previsões de crescimento financeiro, o fluxo retornará eventualmente, e sairá na frente quem estiver melhor equipado para se adiantar às tendências que estão por vir.
O RH estratégico que sabe a importância da nutrição de talentos mesmo em tempos de crise, perceberá que os benefícios mais essenciais a serem investidos no momento serão os que proporcionam treinamento, assim como valorização do colaborador.
Através do desenvolvimento profissional aliado a uma forte cultura organizacional de reconhecimento, os colaboradores darão saltos cada vez maiores que levarão a empresa adiante.
Como cuidar de talentos com um baixo orçamento?
Em tempos de recessão, muitas empresas podem perder a visão de longo alcance, e acabam tomando medidas drásticas de contenção devido ao baixo orçamento. Entretanto, existe a possibilidade de um período de crescimento econômico pós pandemia, ou ainda uma melhora no cenário econômico, promovendo mais mudanças no setor empresarial.
Os líderes e gestores bem sucedidos serão aqueles que, através de uma visão sistêmica, conseguirão analisar a organização que fazem parte pensando a longo prazo. Mais do que nunca é fundamental analisar tanto o quadro de finanças quanto as necessidades das pessoas que compõem a organização.
Os melhores talentos desenvolvem-se a partir de situações de extremo desafio. Ainda assim, as pessoas precisam se sentir valorizadas para entregarem resultados ainda melhores. Por isso, políticas de benefícios e estratégias de nutrição e retenção de talentos devem estar na pauta das reuniões organizacionais.
A seguir, serão expostas algumas táticas para cuidar de talentos mesmo com o orçamento apertado e principalmente levando em consideração as seguintes questões:
- As skills que serão necessárias para continuar operando, e principalmente evoluindo em um momento que inovação, criatividade e agilidade são necessárias.
- Quais serão as demandas futuras aceleradas pela pandemia, bem como a forma que os talentos podem ajudar a organização a posicionar-se com soluções para atender essas necessidades
O segredo
Enganam-se os gestores que pensam ser justificável reduzir benefícios dos colaboradores devido ao corte de gastos para resguardar o caixa. Certamente, os investimentos colocados em pauta deverão ser pensados da forma mais estratégica e rentável possível. Este é um fato que as pesquisas internacionais constataram analisando empresas do mundo todo.
Um estudo conduzido por WillisTowersWatson em abril de 2020 com 635 empresas da LATAM, teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia em relação às estratégias organizacionais. A partir disso, constatou que quase um terço das organizações congelou salários de seus colaboradores. Ainda, dois terços das empresas também congelaram ou postergaram novas contratações, e 36% planejavam ou consideravam realizar demissões.
Entretanto, pesquisadores da Harvard Business School analisaram 4.700 empresas durante três recessões econômicas, e descobriram o segredo de sucesso de 9% das empresas avaliadas que saíram da crise muito melhor do que entraram graças à sua visão de futuro e bons investimentos. No estudo, perceberam que tanto empresas que fizeram cortes agressivos quanto que apostaram em grandes investimentos não tinham chances tão altas de recuperação. O segredo seria um equilíbrio entre investimentos estratégicos e redução seletiva de custos.
Em outras palavras, não é um momento apenas de cortes ou congelamento de vagas. Mas sim uma oportunidade para investir em profissionais e competências que ajudem a empresa a crescer no período de retomada da economia.
Flexibilização do trabalho remoto
Em relação aos principais desafios do RH na expansão internacional dos negócios, a pesquisa da ADP e do The Economist Intelligence Unit para a revista EXAME constatou que antes da pandemia, 66% das organizações que necessitavam de habilidades especializadas já procuravam profissionais além das fronteiras de seu país de origem.
Não é à toa que crescem oportunidades de conquistar vagas em multinacionais para quem possui proficiência em idiomas estrangeiros. Ainda, profissionais que falam fluentemente inglês ganham 61% mais que aqueles que falam apenas o básico da língua.
É redundante salientar a importância do conhecimento em idiomas neste sentido. Hoje em dia, relatórios de áreas específicas são lançados internacionalmente, e afirmam que falar um idioma com proficiência é indispensável. Isso tanto para ter empregabilidade e conquistar uma vaga em uma multinacional, ou até mesmo para migrar para outros países.
“Será uma grande oportunidade tanto para as empresas buscarem talentos fora de seus países, como também para os próprios talentos. Uma vez identificados por competidores internacionais, uma parte da força de trabalho no Brasil será mais valorizada.”, diz Mariane Guerra, VP de RH da ADP na América Latina.
Fortalecimento da cultura organizacional
Empresas têm estratégias de marca com uma promessa de valor para seus produtos e serviços a fim de atrair novos clientes ou aumentar os negócios existentes. No entanto, poucas percebem a importância de desenvolver e proporcionar uma proposta de valor de emprego atraente para recrutar e reter os melhores talentos.
Ainda que muitas organizações estejam cortando custos para salvar os salários dos funcionários, é ainda mais crucial desenvolver e permear a cultura organizacional. Dessa forma, mesmo em tempos incertos, o espírito de equipe é o que move a organização em direção às suas metas.
O salário pode ser importante, mas pesquisas mostram que o que realmente motiva os funcionários é um alto nível de autonomia, habilidades e propósito. Sem dúvida, acordos de trabalho flexíveis continuarão a ser fundamentais, assim como a oportunidade de continuar aprendendo e crescendo enquanto trabalha.
Portanto, fomentar um ambiente de educação e treinamento pode ser uma estratégia simples, mas eficaz. Não somente para nutrir talentos, mas principalmente engajá-los mesmo à distância e ainda capacitá-los em um conhecimento útil para a organização.
Direcionar os investimentos para o que realmente importa é uma estratégia que influencia diretamente o ROI da empresa. Investir em treinamento em idiomas mesmo em tempos de crise pode abrir portas para o mercado.
Línguas estrangeiras
Além das línguas estrangeiras serem uma competência chave nos negócios em um mundo cada vez mais globalizado, a expansão cultural conquistada através do aprendizado de idiomas, além do surpreendente benefício do aprendizado de soft skills, é um grande diferencial a ser oferecido para o colaborador.
Essa ação mostra uma atenção especial aos maiores sonhos dos próprios colaboradores: viajar para o exterior, continuar seus estudos em uma universidade estrangeira, mudar-se de país, entre outros.
Embora grande parte do mercado esteja vivenciando um momento de contenção de gastos e incertezas quanto às previsões de crescimento financeiro, o fluxo retornará eventualmente, e sairá na frente quem estiver melhor equipado para se adiantar às tendências que estão por vir.
O RH estratégico que sabe a importância da nutrição de talentos mesmo em tempos de crise, perceberá que os benefícios mais essenciais a serem investidos no momento serão os que proporcionam treinamento, assim como valorização do colaborador.
Através do desenvolvimento profissional aliado a uma forte cultura organizacional de reconhecimento, os colaboradores darão saltos cada vez maiores que levarão a empresa adiante.