Afroempreendedorismo: Entenda o conceito e saiba como apoiar
Afinal, o que é o afroempreendedorismo? O afroempreendedorismo conceito é o movimento empreendedor de negros e negras. Isso não se restringe apenas a atuação no mercado afro, mas sim todo e qualquer negro que decida empreender. Esse tema está cada vez mais em pauta, por isso, é importante que você conheça o afroempreendedorismo, entenda o conceito e saiba como apoiar.
O que é o Afroempreendedorismo?
“O afroempreendedorismo pode ser conceituado, então, como um fenômeno ou estratégia de caráter econômico, político e social que impele o negro ou negra a desenvolver uma atividade empresária, criativa e inovadora, com ou sem o auxílio de colaboradores”, define Maria Angélica Dos Santos, Integrante da Comissão de Apoio Jurídico às Micro e Pequenas Empresas da OAB/MG, no Diário do Comércio.
Porém, apesar de estar sendo mais discutido atualmente e ganhando mais destaque, o afroempreendedorismo não é novo no Brasil, como destaca Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e fundadora da Feira Preta, em entrevista à plataforma GIFE. “Temos 131 anos após-período abolição e, se tem algo que fez com que a população negra sobrevivesse ao racismo estruturado e, muitas vezes, institucionalizado, foi o ato de empreender. Empreendemos há 13 décadas de forma potente, mesmo diante de nossas vulnerabilidades”.
Trata-se de um mercado que tem muito a ser explorado, e mais do que isso, incentivado. De acordo com dados do IBGE e do Instituto Locomotiva, 56% da população brasileira se declara preta ou parda, há mais de 14 milhões de empreendedores negros no Brasil (51%). Esse mercado movimenta cerca de 1,73 trilhão por ano e, ainda assim, existe uma diferença de 40% entre a renda de negros e brancos.
O cenário atual do afroempreendedorismo
A pesquisa Afroempreendedorismo Brasil, de maio de 2021, realizada pelo Movimento Black Money em parceria com a plataforma Inventivos e com a RD Station, uma empresa desenvolvedora de softwares para empresas, revela dados que traçam o perfil da maioria dos empreendedores negros no Brasil.
Quanto ao gênero, 61,5% são mulheres cis, enquanto 36,4% são homens cis. Mais da metade dos empreendedores negros, 68,2%, têm entre 25 e 44 anos, o que faz do afroempreendedorismo, em sua maioria, um campo com jovens. Apesar de 61,9% dos entrevistados ter escolaridade superior ou maior, apenas 15,8% possuem renda familiar acima de seis salários mínimos, isso coloca a necessidade financeira como o principal motivo para essas iniciativas.
Em relação às características desses empreendimentos, 63,2% das empresas são compostas por uma pessoa, outras 25, 7% chegam a ter de dois a três e só 0,1% chegam a ter mais de 51 funcionários. O campo de atuação é um fator determinante para a grande presença de mulheres. Saúde e estética é o segmento que lidera o afroempreendedorismo, com 14,3%. E-commerce e varejo fecham o top 3 com 10,4% cada.
A maioria das empresas, 52,2%, trabalha com o B2C, ou seja, vende diretamente para os consumidores, 36,8% vende tanto para empresas quanto para consumidores e apenas 11% vende somente para empresas, o chamado B2B. Quase metade dessas empresas, 48,6%, ainda não faturou.
Ainda segundo a pesquisa, os entrevistados colocaram a dificuldade de acesso a créditos de empréstimos (40,4%) e o preconceito racial (30,7%) como os maiores impasses para desenvolver suas empresas. Eles também elegeram a falta de conhecimento sobre estratégias digitais (50,9%) e não saber tornar o negócio rentável (59,2%) como os principais desafios do processo.
Afroempreendedorismo: Entenda o conceito e saiba como apoiar
Afinal, o que é o afroempreendedorismo? O afroempreendedorismo conceito é o movimento empreendedor de negros e negras. Isso não se restringe apenas a atuação no mercado afro, mas sim todo e qualquer negro que decida empreender. Esse tema está cada vez mais em pauta, por isso, é importante que você conheça o afroempreendedorismo, entenda o conceito e saiba como apoiar.
O que é o Afroempreendedorismo?
“O afroempreendedorismo pode ser conceituado, então, como um fenômeno ou estratégia de caráter econômico, político e social que impele o negro ou negra a desenvolver uma atividade empresária, criativa e inovadora, com ou sem o auxílio de colaboradores”, define Maria Angélica Dos Santos, Integrante da Comissão de Apoio Jurídico às Micro e Pequenas Empresas da OAB/MG, no Diário do Comércio.
Porém, apesar de estar sendo mais discutido atualmente e ganhando mais destaque, o afroempreendedorismo não é novo no Brasil, como destaca Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e fundadora da Feira Preta, em entrevista à plataforma GIFE. “Temos 131 anos após-período abolição e, se tem algo que fez com que a população negra sobrevivesse ao racismo estruturado e, muitas vezes, institucionalizado, foi o ato de empreender. Empreendemos há 13 décadas de forma potente, mesmo diante de nossas vulnerabilidades”.
Trata-se de um mercado que tem muito a ser explorado, e mais do que isso, incentivado. De acordo com dados do IBGE e do Instituto Locomotiva, 56% da população brasileira se declara preta ou parda, há mais de 14 milhões de empreendedores negros no Brasil (51%). Esse mercado movimenta cerca de 1,73 trilhão por ano e, ainda assim, existe uma diferença de 40% entre a renda de negros e brancos.
O cenário atual do afroempreendedorismo
A pesquisa Afroempreendedorismo Brasil, de maio de 2021, realizada pelo Movimento Black Money em parceria com a plataforma Inventivos e com a RD Station, uma empresa desenvolvedora de softwares para empresas, revela dados que traçam o perfil da maioria dos empreendedores negros no Brasil.
Quanto ao gênero, 61,5% são mulheres cis, enquanto 36,4% são homens cis. Mais da metade dos empreendedores negros, 68,2%, têm entre 25 e 44 anos, o que faz do afroempreendedorismo, em sua maioria, um campo com jovens. Apesar de 61,9% dos entrevistados ter escolaridade superior ou maior, apenas 15,8% possuem renda familiar acima de seis salários mínimos, isso coloca a necessidade financeira como o principal motivo para essas iniciativas.
Em relação às características desses empreendimentos, 63,2% das empresas são compostas por uma pessoa, outras 25, 7% chegam a ter de dois a três e só 0,1% chegam a ter mais de 51 funcionários. O campo de atuação é um fator determinante para a grande presença de mulheres. Saúde e estética é o segmento que lidera o afroempreendedorismo, com 14,3%. E-commerce e varejo fecham o top 3 com 10,4% cada.
A maioria das empresas, 52,2%, trabalha com o B2C, ou seja, vende diretamente para os consumidores, 36,8% vende tanto para empresas quanto para consumidores e apenas 11% vende somente para empresas, o chamado B2B. Quase metade dessas empresas, 48,6%, ainda não faturou.
Ainda segundo a pesquisa, os entrevistados colocaram a dificuldade de acesso a créditos de empréstimos (40,4%) e o preconceito racial (30,7%) como os maiores impasses para desenvolver suas empresas. Eles também elegeram a falta de conhecimento sobre estratégias digitais (50,9%) e não saber tornar o negócio rentável (59,2%) como os principais desafios do processo.
Iniciativas de afroempreendedorismo no Brasil
Conheça agora, algumas iniciativas de afroempreendedorismo no Brasil:
Começando pelo próprio Movimento Black Money. Ele é um hub de inovação para inserção e autonomia da comunidade negra na era digital. Também busca ajudar na transformação do ecossistema empreendedor negro, com foco em comunicação, educação e geração de negócios pretos. Seu diferencial é o inceitivo ao letramento identitário e ao desenvolvimento do mindset de inovação dos afroempreendedores, para a criação de diferenciais competitivos no mercado a partir de jovens negros.
A REAFRO é a Rede Brasil Afroempreendedor, uma associação sem fins lucrativos que também busca fortalecer o afroempreendedorismo promovendo a educação empreendedora. O programa tem como propósito gerar apoio para que afroempreendedores e afroempreendedoras se desenvolvam, o objetivo é que eles alcancem todo o potencial necessário e passem a ganhar ainda mais destaque no mercado. Para isso, são realizadas mentorias sobre diversos temas voltados ao Planejamento de Negócios.
A Pretahub é um Hub de criatividade, inventividade e tendências pretas. Nasceu a partir de dezoito anos de atividades do Instituto Feira Preta no trabalho de mapeamento, capacitação técnica e criativa, aceleradora e incubadora do empreendedorismo negro no Brasil.
A Feira Preta - inclusão de empreendedores negros em um ecossistema empreendedor, e o Afrohub, programa de aceleração com foco em conteúdos voltados para o processo de digitalização dos negócios, que já capacitou mais de 4 mil afroempreendedores em todo o país são os projetos do Pretahub.
O Clube da Preta é uma rede de produtores e prestadores de serviço afro-brasileiros fundada em 2015. Ele funciona por meio de uma plataforma digital no modelo de assinatura que conecta clientes engajados em causas sociais a empreendedores. A grande maioria dos produtos são feitos por nano e microempreendedores.
O Coletivo Meninas Mahin nasceu em 2016 com a primeira edição da Feira Afro Meninas Mahin, que busca incentivar o empreendedorismo da mulher preta e contribuir no combate às desigualdades raciais.
Além da feira, onde cada empreendedora divulga e vende seus produtos, o coletivo também oferece espaço de diálogos, oficinas e cursos. Ele valoriza o processo criativo e de produção artesanal que visa a representatividade. Atividades artesanais, artísticas, esportivas, musicais, literárias, oficinas e ações de cidadania são alguns exemplos do que é oferecido na feira.
O TrazFavela tem uma dinâmica bem parecida com os aplicativos de delivery iFood e Rappi. Mas como o nome já diz, seu principal objetivo é fortalecer o comércio local das periferias e favelas.
Como apoiar o afroempreendedorismo
As formas de apoiar o afroempreendedorismo são as mais simples e intuitivas possíveis. Consumir dessas empresas é fundamental para ajudá-las a crescer. Como já dito, tornar essas iniciativas rentáveis é um dos principais desafios do afroempreendedorismo.
Outra forma muito eficaz e econômica de se apoiar o afroempreendedorismo é compartilhar o trabalho e/ou produto dessas empresas. Fazer com que elas cheguem a mais pessoas é muito importante para que ganhem visibilidade e prestígio no mercado.
Para saber mais sobre afroempreendedorismo e assuntos relacionados, acesse o site do Lingopass, uma plataforma de capacitação em idiomas que viabiliza o trabalho integrado, a realização e o desenvolvimento de negócios entre profissionais de nacionalidades distintas.