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30.7.2024

Matriz energética brasileira: Diversidade e inovações que moldam o futuro

O Brasil é reconhecido por ter uma das matrizes energéticas mais diversificadas e sustentáveis no cenário global, com uma alta prevalência de fontes renováveis. Esta característica singular destaca o país no contexto internacional, especialmente em um momento em que a transição para fontes de energia limpas se torna indispensável para enfrentar desafios ambientais e econômicos. 

Composição da matriz energética brasileira 

A matriz energética do Brasil destaca-se por sua diversidade, com uma clara predominância de fontes renováveis. O país possui um mix energético variado, com a energia hidrelétrica ocupando uma posição de destaque, representando uma parte significativa da capacidade instalada. Em 2023, mais de 60% da eletricidade no Brasil foi gerada por hidrelétricas, enquanto cerca de 25% veio de outras fontes renováveis, como a eólica, solar e biomassa. Essa composição coloca o Brasil como um dos líderes mundiais em energia renovável.

Fonte: Energy Institute, 2023

O Brasil abriga algumas das maiores hidrelétricas do mundo, localizadas em diferentes estados do país, e que desempenham um papel crucial no abastecimento energético nacional. A usina de Itaipu Binacional, situada na divisa entre o Paraná e o Paraguai, é uma das maiores do mundo em geração de energia. Belo Monte, localizada no estado do Pará, no coração da Amazônia, e Tucuruí, também no Pará, são outras hidrelétricas de grande porte que reforçam a predominância da energia hidrelétrica na matriz energética brasileira.

Além dessas grandes hidrelétricas, outras fontes renováveis também têm uma contribuição significativa para o mix energético do Brasil. A energia eólica, por exemplo, representa aproximadamente 11% da matriz elétrica do país, com uma capacidade instalada que ultrapassa 24 GW. Esse desempenho coloca o Brasil como o maior produtor de energia eólica na América Latina, com os principais parques eólicos concentrados nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará.

A biomassa, outra fonte renovável de destaque, contribui com cerca de 8% da geração elétrica, aproveitando recursos como resíduos agrícolas e industriais para produção de energia, especialmente em estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

Por sua vez, a energia solar, embora ainda em desenvolvimento, está crescendo rapidamente, especialmente em regiões com alto índice de radiação solar, como o Nordeste, com destaque para os estados da Bahia, Minas Gerais e Piauí. Esse crescimento acelerado reflete o potencial solar inexplorado do Brasil, que está se tornando cada vez mais relevante na diversificação das fontes energéticas e na promoção de uma matriz elétrica mais sustentável.

Matriz energética brasileira: Diversidade e inovações que moldam o futuro

por
Lingopass
30.7.2024
Tempo de leitura:
10 minutos

O Brasil é reconhecido por ter uma das matrizes energéticas mais diversificadas e sustentáveis no cenário global, com uma alta prevalência de fontes renováveis. Esta característica singular destaca o país no contexto internacional, especialmente em um momento em que a transição para fontes de energia limpas se torna indispensável para enfrentar desafios ambientais e econômicos. 

Composição da matriz energética brasileira 

A matriz energética do Brasil destaca-se por sua diversidade, com uma clara predominância de fontes renováveis. O país possui um mix energético variado, com a energia hidrelétrica ocupando uma posição de destaque, representando uma parte significativa da capacidade instalada. Em 2023, mais de 60% da eletricidade no Brasil foi gerada por hidrelétricas, enquanto cerca de 25% veio de outras fontes renováveis, como a eólica, solar e biomassa. Essa composição coloca o Brasil como um dos líderes mundiais em energia renovável.

Fonte: Energy Institute, 2023

O Brasil abriga algumas das maiores hidrelétricas do mundo, localizadas em diferentes estados do país, e que desempenham um papel crucial no abastecimento energético nacional. A usina de Itaipu Binacional, situada na divisa entre o Paraná e o Paraguai, é uma das maiores do mundo em geração de energia. Belo Monte, localizada no estado do Pará, no coração da Amazônia, e Tucuruí, também no Pará, são outras hidrelétricas de grande porte que reforçam a predominância da energia hidrelétrica na matriz energética brasileira.

Além dessas grandes hidrelétricas, outras fontes renováveis também têm uma contribuição significativa para o mix energético do Brasil. A energia eólica, por exemplo, representa aproximadamente 11% da matriz elétrica do país, com uma capacidade instalada que ultrapassa 24 GW. Esse desempenho coloca o Brasil como o maior produtor de energia eólica na América Latina, com os principais parques eólicos concentrados nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará.

A biomassa, outra fonte renovável de destaque, contribui com cerca de 8% da geração elétrica, aproveitando recursos como resíduos agrícolas e industriais para produção de energia, especialmente em estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

Por sua vez, a energia solar, embora ainda em desenvolvimento, está crescendo rapidamente, especialmente em regiões com alto índice de radiação solar, como o Nordeste, com destaque para os estados da Bahia, Minas Gerais e Piauí. Esse crescimento acelerado reflete o potencial solar inexplorado do Brasil, que está se tornando cada vez mais relevante na diversificação das fontes energéticas e na promoção de uma matriz elétrica mais sustentável.

Em comparação, a matriz energética de outros países apresenta uma diversidade maior de fontes: 

  • Nos Estados Unidos, a geração de energia é mais equilibrada, com 38% proveniente de gás natural, 20% de fontes renováveis (eólica, solar, hidroelétrica e biomassa) e cerca de 19% de energia nuclear, segundo dados de 2022 da U.S. Energy Information Administration (EIA).

  • A China, por sua vez, continua altamente dependente do carvão, que representa 60% da sua matriz, enquanto as energias renováveis crescem rapidamente, já respondendo por 29% da geração de energia em 2022, conforme o National Energy Administration (NEA) da China.

  • Na Europa, países como a França têm uma matriz fortemente dependente da energia nuclear, que representa 70% da sua geração.

  • A América Latina, além do Brasil, também investe pesadamente em renováveis, com países como o Chile e o Uruguai liderando em termos de energia solar e eólica, respectivamente.

Parcerias internacionais na expansão da matriz energética brasileira

A matriz energética brasileira, marcada por sua diversidade e predominância de fontes renováveis, é resultado de um longo processo de evolução que ganhou novo impulso a partir da abertura do mercado de energia na década de 1990. Como parte de uma série de reformas econômicas e estruturais promovidas pelo governo federal, a Emenda Constitucional nº 6, aprovada em 1995, permitiu a entrada de capital privado e estrangeiro em um setor até então dominado por estatais. Esse marco foi seguido pela Lei nº 9.074/1995 e pela Lei nº 9.427/1996, que regulamentaram a concessão de serviços públicos de energia elétrica e estabeleceram a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) como o órgão regulador do setor.

Essas mudanças estruturais abriram o caminho para a privatização de empresas estatais e para o ingresso de players internacionais, que passaram a desempenhar um papel crucial na diversificação e modernização da matriz energética brasileira. Empresas como EDF Renewables, General Electric e State Grid Corporation of China trouxeram expertise, capital e tecnologias avançadas, contribuindo significativamente para a expansão das fontes renováveis de energia e para a melhoria da infraestrutura elétrica do país.

A EDF Renewables, braço de energias renováveis da gigante francesa EDF (Électricité de France), tem sido um ator crucial na expansão da capacidade de energia limpa no Brasil. A empresa é responsável pelo desenvolvimento e operação de diversos parques eólicos e solares em todo o país. Um exemplo notável é o Complexo Eólico Ventos da Bahia, localizado no estado da Bahia, que é um dos maiores da América Latina e demonstra o compromisso da EDF Renewables com a expansão da energia eólica no Brasil. Além disso, a EDF Renewables também tem investido fortemente em projetos solares, como o Complexo Solar Pirapora, em Minas Gerais, que, com seus mais de 400 MW de capacidade instalada, se destaca como um dos maiores projetos solares da América Latina. Esses empreendimentos não apenas aumentam a capacidade instalada de energias renováveis no país, mas também contribuem para a criação de empregos e o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estão localizados.

Do lado americano, a General Electric (GE) tem desempenhado um papel essencial na modernização do parque energético brasileiro através do fornecimento de tecnologias avançadas para usinas eólicas e solares. A GE Renewable Energy, divisão da empresa focada em soluções de energia renovável, tem fornecido turbinas eólicas de última geração, que são utilizadas em alguns dos maiores parques eólicos do Brasil, como o Complexo Eólico Lagoa do Barro, no Piauí. A empresa também está envolvida no setor solar, oferecendo soluções completas que incluem painéis solares, inversores e sistemas de gerenciamento de energia, aumentando a eficiência e a produtividade das usinas solares brasileiras. A expertise tecnológica da GE, aliada ao seu histórico de inovação, tem sido fundamental para a transformação e modernização do setor energético brasileiro, impulsionando a adoção de fontes de energia mais limpas e sustentáveis.

Já a State Grid Corporation of China, uma das maiores empresas de energia do mundo, detém uma posição estratégica no Brasil, especialmente no setor de transmissão de energia. A empresa entrou no mercado brasileiro em 2010 e, desde então, tem expandido sua presença de forma significativa. A State Grid é proprietária de diversas concessionárias de transmissão de energia que operam milhares de quilômetros de linhas de transmissão, garantindo a estabilidade e a eficiência do fornecimento de energia em todo o território nacional. Além de sua atuação no setor de transmissão, a State Grid está ampliando suas atividades no Brasil com investimentos em projetos de energia renovável. Um exemplo é a participação da empresa no Complexo Solar Belo Monte, onde está investindo em novas tecnologias para aumentar a eficiência e a sustentabilidade da geração de energia solar. A expansão da State Grid no Brasil não apenas reforça a infraestrutura energética do país, mas também promove a cooperação sino-brasileira em setores estratégicos de energia.

Avanços tecnológicos e inovações 

Nos últimos anos, o Brasil tem sido um terreno fértil para inovações significativas no setor energético, com foco na diversificação das fontes e na melhoria da eficiência. Vale citar alguns exemplos de investimentos significativos: 

Energia solar

A energia solar tem se destacado como um dos segmentos mais dinâmicos do setor energético brasileiro, com um crescimento impressionante nos últimos anos. Embora a participação da energia solar ainda represente cerca de 4% da matriz elétrica do Brasil, sua capacidade instalada aumentou de forma significativa, saltando de 7,5 GW em 2021 para mais de 14 GW em 2023. Esse crescimento exponencial foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo incentivos governamentais, redução nos custos de tecnologia solar e, principalmente, investimentos robustos em infraestrutura.

O Complexo Solar Pirapora, desenvolvido pela TotalEnergies em parceria com a Solatio, é um exemplo emblemático desse avanço. Localizado no estado de Minas Gerais, o complexo é um dos maiores da América Latina, com uma capacidade instalada que supera os 400 MW. Este projeto não só marca a transição energética brasileira em termos de escala, mas também se destaca pela eficiência e inovação. O uso de tecnologias de ponta em painéis solares, como células fotovoltaicas de alta eficiência, e sistemas avançados de gerenciamento de energia, permitem uma otimização no uso dos recursos solares e uma maior estabilidade no fornecimento de energia. Além do Complexo Solar Pirapora, o crescimento da energia solar no Brasil também tem sido apoiado por uma ampla gama de projetos de pequeno e médio porte, incluindo instalações de geração distribuída em residências, comércios e indústrias. O programa de micro e minigeração distribuída, regulamentado pela ANEEL, permitiu que milhares de brasileiros adotassem sistemas solares, contribuindo para a diversificação da matriz energética e a redução das emissões de carbono.

O Brasil possui uma das melhores condições de irradiação solar do mundo, especialmente em regiões como o Nordeste e o Centro-Oeste, o que torna o país um ambiente propício para o desenvolvimento de projetos solares. À medida que a tecnologia solar continua a evoluir, com a introdução de painéis bifaciais, armazenamento em baterias e sistemas inteligentes de monitoramento, espera-se que a participação da energia solar na matriz energética brasileira continue a crescer de forma acelerada nos próximos anos. Outro fator que impulsiona o crescimento da energia solar no Brasil é o crescente interesse de investidores estrangeiros e nacionais em projetos de energia renovável. Empresas como Canadian Solar, Enel Green Power e AES Brasil têm investido pesadamente no desenvolvimento de novos parques solares em várias regiões do país, ampliando ainda mais a capacidade instalada e solidificando o papel da energia solar na matriz elétrica brasileira.

Com esses avanços, a energia solar não apenas contribui para a diversificação da matriz energética, mas também desempenha um papel fundamental na promoção da sustentabilidade e na redução da dependência de fontes de energia não renováveis. A contínua expansão desse setor promete consolidar o Brasil como um dos líderes globais na geração de energia solar, alinhando-se aos objetivos de transição energética e combate às mudanças climáticas.

Energia eólica 

A energia eólica também continua a expandir-se de forma acelerada no Brasil, especialmente na região Nordeste, onde as condições naturais são extremamente favoráveis para a geração de eletricidade a partir do vento. Empresas internacionais têm percebido o enorme potencial do mercado brasileiro e investido fortemente na construção de novos parques eólicos

A AES, uma gigante americana do setor de energia, tem sido uma das principais investidoras no Brasil. A empresa opera diversos parques eólicos, como o Complexo Eólico Campo Largo, localizado na Bahia, que possui uma capacidade instalada superior a 700 MW. Esse complexo é um dos maiores do país e é fundamental para a estratégia da AES de expandir sua participação no mercado de energias renováveis no Brasil. A AES tem se destacado pela utilização de tecnologias avançadas em seus aerogeradores, bem como na integração eficiente dessas fontes renováveis à rede elétrica nacional, o que é crucial para garantir a estabilidade e a confiabilidade do fornecimento de energia.

A Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas da China, tem fortalecido sua presença no Brasil através da instalação de aerogeradores de alta capacidade em novos parques eólicos. As turbinas da Goldwind são conhecidas por sua alta eficiência e durabilidade, características que têm sido essenciais para otimizar a produção de energia eólica no país. A empresa tem investido não apenas na venda de turbinas, mas também na adaptação de suas tecnologias para atender às especificidades do mercado brasileiro. Isso inclui colaborações com empresas locais para melhorar a logística de instalação, a operação e a manutenção dos parques eólicos. A presença da Goldwind no Brasil é um reflexo do crescente interesse chinês no setor de energias renováveis do país, contribuindo para a modernização da infraestrutura energética e para o aumento da capacidade instalada de energia eólica.

Além dessas, a dinamarquesa Vestas é outro grande nome no mercado eólico brasileiro. Como uma das principais fabricantes de turbinas eólicas do mundo, a Vestas tem uma presença significativa no Brasil, fornecendo turbinas para diversos parques eólicos e participando ativamente na operação e manutenção de projetos no Nordeste. A Vestas é conhecida por suas turbinas de alta eficiência, que são adaptadas para maximizar a produção de energia nas condições específicas do Brasil. A empresa também está na vanguarda da inovação tecnológica, introduzindo soluções que aumentam a eficiência e a durabilidade das turbinas, consolidando seu papel como um player crucial na expansão da energia eólica no Brasil.

Tecnologias de redes inteligentes 

Além da expansão das fontes renováveis, o Brasil tem investido significativamente em tecnologias que aumentam a eficiência e a confiabilidade do sistema energético. Empresas internacionais de ponta têm desempenhado um papel crucial nesses esforços, liderando a implementação de redes inteligentes (smart grids) que permitem um controle mais preciso e eficiente da distribuição de energia.

A Schneider Electric, uma empresa francesa líder em gestão de energia e automação, está à frente desses esforços no Brasil. A empresa tem sido pioneira na implementação de smart grids, que são vitais para integrar de maneira eficaz as fontes renováveis, como solar e eólica, à rede elétrica. Essas tecnologias ajudam a lidar com a intermitência característica dessas fontes, garantindo um fornecimento de energia mais estável e confiável. A Schneider Electric está envolvida em projetos de modernização das redes elétricas em todo o Brasil, colaborando com concessionárias como a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), Enel Distribuição São Paulo (antiga Eletropaulo) e Companhia Paranaense de Energia (Copel). Esses projetos incluem a implementação de sistemas de automação avançados que permitem o monitoramento em tempo real da rede elétrica, a detecção imediata de falhas e a resposta automática a incidentes, o que reduz drasticamente as interrupções no fornecimento de energia e melhora a eficiência operacional das redes.

A Siemens, a ABB e a General Electric (GE) desempenham papéis cruciais na modernização das redes elétricas brasileiras, contribuindo significativamente para o avanço das smart grids no país. A Siemens, uma multinacional alemã, colabora com várias concessionárias para desenvolver e integrar soluções de redes inteligentes, como medidores inteligentes e sistemas de automação de subestações, promovendo a digitalização das redes e facilitando a integração de energias renováveis. A ABB, uma empresa suíça de renome mundial, oferece soluções abrangentes que incluem dispositivos de controle, proteção e plataformas de software para gestão avançada da rede elétrica, trabalhando com concessionárias brasileiras para melhorar a eficiência energética e aumentar a capacidade de integração de fontes renováveis. A GE, através de sua divisão GE Grid Solutions, fornece uma gama de soluções de redes inteligentes, incluindo dispositivos de automação e sistemas de monitoramento, focando em aumentar a confiabilidade do fornecimento de energia, especialmente em áreas urbanas com alta demanda energética. 

Perspectivas e oportunidades futuras 

Olhando para o futuro, várias tendências sugerem que o Brasil continuará na liderança da transição energética global. 

1. A expansão das energias renováveis, particularmente solar e eólica, é uma tendência clara, impulsionada por incentivos governamentais, avanços tecnológicos e uma demanda crescente por energia limpa. A abertura do Mercado Livre de Energia, que permite que empresas e, em breve, consumidores residenciais escolham seus fornecedores de energia, também está impulsionando essa expansão.

2. Uma tendência importante no setor energético brasileiro é a integração de diferentes fontes de energia, o que promete aumentar a resiliência e a eficiência do sistema elétrico do país. Projetos que combinam energia solar, eólica e hidrelétrica estão sendo desenvolvidos e devem contribuir para uma matriz energética mais equilibrada e sustentável. Essa combinação de fontes tem um impacto significativo na sustentabilidade do sistema elétrico, pois diversifica a matriz energética e reduz a dependência de uma única fonte, diminuindo a vulnerabilidade a crises, como as secas que afetam as hidrelétricas. Além disso, a complementaridade dessas fontes permite uma produção de energia mais eficiente, com menores custos e redução das emissões de gases de efeito estufa. Empresas como a francesa Engie e a chinesa Three Gorges lideram esse movimento, desenvolvendo projetos híbridos que combinam várias fontes de energia para assegurar um fornecimento contínuo e estável.

3. O Brasil também se destaca como um destino atraente para investimentos internacionais no setor de energia. Com uma matriz diversificada e um compromisso crescente com a sustentabilidade, o país oferece um ambiente favorável para o desenvolvimento de novos projetos energéticos. Até 2030, espera-se que os investimentos no setor energético brasileiro ultrapassem os US$ 80 bilhões. Deste montante, cerca de US$ 50 bilhões serão destinados especificamente às energias renováveis, como solar e eólica, impulsionando um crescimento médio anual de 8% a 10% na capacidade instalada dessas fontes. O restante dos investimentos será direcionado à melhoria da infraestrutura, incluindo redes inteligentes e sistemas de armazenamento de energia, essenciais para integrar as novas fontes de energia de maneira eficiente e sustentável. Esses investimentos estão em sintonia com as projeções de crescimento do setor, que indicam um aumento significativo na participação das energias renováveis na matriz energética do Brasil. Até 2030, estima-se que essas fontes poderão compor mais de 75% da matriz elétrica do país, consolidando o Brasil como um dos líderes globais em energia limpa.

Profissões em alta no setor energético: competências técnicas e interculturais para o futuro

À medida que o setor energético no Brasil continua a crescer, especialmente nas áreas de energias renováveis, uma ampla gama de novas oportunidades de emprego está surgindo. Profissões nas áreas de engenharia, tecnologia, gestão de projetos e análise de dados estão em alta demanda. Alguns dos profissionais mais procurados nesse cenário em rápida transformação incluem especialistas em energias renováveis, engenheiros de sistemas, gerentes de projetos energéticos, analistas de eficiência energética e desenvolvedores de tecnologias sustentáveis.

Além das habilidades técnicas, a fluência em idiomas estrangeiros e a competência intercultural estão se tornando essenciais para quem deseja se destacar nesse mercado. Com a participação crescente de empresas internacionais a capacidade de se comunicar em inglês, espanhol e, em alguns casos, francês ou mandarim, é fundamental. Essas habilidades linguísticas são cruciais para colaborar eficazmente com equipes globais, negociar contratos internacionais e garantir que os projetos atendam aos padrões globais.

Além disso, as competências interculturais são indispensáveis para navegar em um ambiente de trabalho diversificado, onde as práticas empresariais, regulamentações e expectativas podem variar significativamente de uma região para outra. A habilidade de compreender e respeitar as diferenças culturais, ao mesmo tempo que se comunica de forma clara e eficaz, representa uma vantagem significativa para os profissionais que desejam avançar em suas carreiras no setor energético.A crescente demanda por profissionais qualificados e preparados para atuar em um mercado globalizado reflete a necessidade do Brasil de se integrar cada vez mais às cadeias de valor internacionais, especialmente à medida que o país se posiciona como um líder global em sustentabilidade energética. Portanto, investir no desenvolvimento de competências linguísticas e interculturais é essencial para aqueles que desejam aproveitar as oportunidades em ascensão no setor energético brasileiro e contribuir para um futuro energético mais sustentável e integrado globalmente.

Para atender essa demanda crescente, o Lingopass desenvolveu trilhas técnicas de idiomas com foco específico no setor energético. Essas trilhas foram criadas para capacitar profissionais não apenas com a experiência técnica necessária, mas também com a proficiência linguística essencial para se destacar no mercado global. Aproveite essa oportunidade para se preparar para o futuro do setor energético!

Para saber mais sobre cada empresa citada

Siemens: multinacional alemã que oferece soluções em automação, energia e infraestrutura, incluindo smart grids e sistemas de automação de subestações. A empresa chegou ao Brasil em 1905, onde tem desempenhado um papel fundamental na modernização das redes elétricas.

ABB: empresa suíça, fornece soluções em automação industrial, robótica e eletrificação, incluindo dispositivos de controle e plataformas de software para a gestão de redes elétricas. A ABB iniciou suas operações no Brasil em 1912, contribuindo para a modernização e eficiência energética no país.

General Electric (GE): multinacional americana, oferece uma ampla gama de produtos e serviços em geração de energia, incluindo dispositivos de automação e sistemas de monitoramento para redes inteligentes. A GE chegou ao Brasil em 1919 e tem sido uma peça chave na evolução do setor elétrico brasileiro.

Schneider Electric: multinacional francesa líder em gestão de energia e automação, incluindo a implementação de smart grids. A empresa chegou ao Brasil em 1947 e tem sido pioneira na modernização das redes elétricas brasileiras.

TotalEnergies: multinacional francesa, oferece uma ampla gama de serviços no setor de energia, com foco recente em energias renováveis, como solar e eólica. A TotalEnergies iniciou suas operações no Brasil em 1975 e tem investido em grandes projetos solares, como o Complexo Solar Pirapora.

AES: multinacional americana que fornece soluções de geração e distribuição de energia, com um forte foco em energias renováveis, como a eólica. A empresa começou a operar no Brasil em 1997 e é uma das principais investidoras no setor de energias limpas no país.

Engie: multinacional francesa, atua globalmente no setor de energia, oferecendo soluções em geração, distribuição e eficiência energética, com um forte foco em energias renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica. A empresa chegou ao Brasil em 1998, consolidando-se como uma das principais fornecedoras de energia renovável no país e líder em projetos de transição energética que promovem uma matriz mais sustentável e eficiente.

State Grid Corporation of China: uma das maiores empresas de energia do mundo, especializada em transmissão de energia. A empresa entrou no mercado brasileiro em 2010 e desde então tem expandido significativamente sua atuação no setor de transmissão. Além de suas operações no Brasil, a CTG expande globalmente, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação tecnológica no setor energético.

Goldwind: fabricante chinesa de turbinas eólicas, especializada em tecnologia de energia eólica. A empresa começou a operar no Brasil em 2012, trazendo suas turbinas de alta capacidade para novos parques eólicos no país.

Vestas: multinacional dinamarquesa que se especializa na fabricação de turbinas eólicas e soluções de energia eólica. A empresa iniciou suas atividades no Brasil em 2008 e tem sido um ator importante na expansão da energia eólica no país.

EDF Renewables: é o braço de energias renováveis da francesa EDF, especializado em desenvolver e operar projetos eólicos e solares. A empresa começou suas operações no Brasil em 2015, sendo um dos principais atores na expansão da capacidade de energia renovável no país.

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