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Lingopass
9.3.2021

Lingotalks com Pierre Naquet #5: Línguas estrangeiras são passaporte para a liberdade e conhecimento

Que línguas estrangeiras são importantes para os negócios e para o turismo, isso não é novidade. Porém, o aprendizado de idiomas pode exercer importância fundamental sobre o comportamento de um indivíduo e como ele lida com outras pessoas, seja do próprio país ou não. Pierre David de Rohan Naquet é francês. Apesar disso, é um cidadão do mundo. Sua mãe é austríaca-alemã, criada na Tchecoslováquia, e seu pai é francês, e esteve na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a vida, Pierre morou em diversos países da Europa, como Alemanha, Bélgica e Inglaterra. Além disso, já morou também nos Estados Unidos.

Atualmente, ele trabalha como consultor para grandes empresas multinacionais, atendendo clientes como Alston, Cartier, Sodexo e Universal Music. Formado em coaching, Pierre atua no treinamento de gestores e executivos top level para melhoria de desempenho e credibilidade de liderança, gestão de energia e emocional. Também tem como foco a resolução de conflitos, resiliência no trabalho, mentalidade empreendedora e habilidades de comunicação. 

É importante ressaltar que nem sempre foi assim. Com Doutorado em Finanças e Economia, o profissional iniciou a carreira trabalhando em empresas do setor financeiro - nas quais permaneceu por quase vinte anos. Cansado do sistema de valores, resolveu se aposentar da vida em corporações e iniciou o curso de Medicina. Pela longa jornada que a carreira médica exige, Pierre decidiu direcionar os estudos para a Psicologia do Comportamento - aconselhado por um professor. 

Assim, entrou para uma empresa na Bélgica especializada em desenvolvimento pessoal e coaching. Lá, trabalhou por cinco anos. Em 2004, passou a empreender e criou a própria empresa, a Executive Advisor International na qual passou a auxiliar executivos de nível C a melhorar comportamentos para que alcancem os objetivos desejados e mudem a forma como veem o mundo. Além disso, Pierre é também presidente do European Institute for Workplace Dynamics.

Em entrevista ao Lingopass, o psicólogo e empreendedor explicou as vantagens de se aprender um novo idioma e ressaltou os aspectos positivos que a vivência internacional é capaz de proporcionar. Confira:

Quais são as diferenças culturais mais significativas entre esses países?

Vou começar dizendo o que mais gosto em cada país. Na Áustria, na época, eu achava chato. Os alemães são objetivos. Eles dizem algo, eles fazem aquela coisa e está feito. Os belgas são muito simpáticos, são descolados, descontraídos, fazem piadas sobre eles próprios. Os britânicos, na época em que vivi na Inglaterra, me passavam a sensação de liberdade, porque eu nunca levei comigo um pedaço de papel para o meu carro provando minha identidade, e nunca me perguntaram nada na rua. Na América, tudo é muito conveniente. Você quer ir a uma academia à meia noite e você pode. Tudo é fácil. Quando você trabalha em um país fora do seu, é preciso ter uma certa competência que possa definir as pessoas. 

Na Europa, todos nós temos um imaginário de cultura semelhante, um processo de pensamento mais ou menos igual. Mas existem algumas diferenças. E aqui estão alguns que eu conheço: trabalhei na Finlândia, na Suécia e na Hungria, e eles não são o mesmo tipo de pessoa. Eles têm sua cultura forte, arraigada, e não muito misturada. Como francês, na Hungria, tive dificuldades para me adaptar.

Se você não conhece o idioma, não sabe se comunicar e não entende os valores históricos fundamentais, é possível que se sinta mal. Eu trabalhei para uma empresa francesa na Hungria, mas não fiquei muito feliz em interagir com os húngaros. O mesmo para a Suécia. Todos esses países têm uma identidade e cultura fortes, e quem não fala a língua local sempre terá dificuldade de se integrar adequadamente. A maior diferença para mim entre o francês e o alemão é que os franceses, pela cultura, são intelectuais, vivem nas nuvens e são muito filosóficos e entusiasmados. Já os alemães são mais diretos. A diferença é que existe uma espécie de aura entre as duas culturas. 

A língua inglesa é a língua internacional dos negócios. Não tenho dúvidas sobre isso. É a língua que faz você realizar coisas no mundo. Se você pensa em um cenário mais amplo e deseja ter competência internacional, precisa saber inglês.

Como as línguas estrangeiras podem melhorar a credibilidade de alguém no local de trabalho? Especialmente quando está relacionado a pessoas como presidentes e gerentes seniores de empresas.

Uma pesquisa revelou as línguas mais faladas do mundo - e não por questão de população. Primeiro é o inglês, segundo chinês, depois hindi, espanhol e francês. Todo o estudo foi feito em termos de economia dos países. Eu diria que os mais importantes são o inglês e o francês em diversos aspectos. Se você trabalha nos níveis mais altos em todas as empresas - e hoje ainda vivemos em um mundo global - é importante falar línguas estrangeiras. 

Se você for para outro lugar, mesmo no Brasil, as pessoas falam inglês, francês ou espanhol. Existem empresas que vêm de grandes compras, fusões ou aquisições, e geralmente elas vêm de empresas externas e estrangeiras. De qualquer forma, as pessoas que trabalham nestes locais em níveis superiores têm a obrigação empresarial de falar inglês, pois em algum momento encontrarão pessoas que não falam a língua deles. Caso você decida ficar no seu país e trabalhe em companhias de renome, com certeza você irá conhecer pessoas que não falam português. Elas falam as línguas internacionais de negócios. Se você quer fazer carreira em qualquer país, é preciso falar inglês.

Portanto, credibilidade é a palavra primeira palavra de peso. A segunda palavra é influência - a capacidade de influenciar outras pessoas. Se eu sou do Japão e não falo nenhuma outra língua, por exemplo, como posso me comunicar com outras pessoas? Qual é a minha credibilidade?

Posso ter um tradutor comigo, é claro, mas isso não é bom. Para influenciar as pessoas você tem que entender de onde elas vêm, sua cultura, suas limitações, como elas veem o mundo e para isso você precisa estudar um idioma. Mas não apenas para entender, mas para saber o que essa linguagem significa. Se você não conhece o idioma, pode não entender algumas palavras, pois elas não têm o mesmo significado em todas as culturas. 

As línguas são boas para a comunicação, mas não são boas para a significação. Se você deseja influenciar as pessoas, você precisa entender o que as palavras significam. Às vezes é até surpreendente. Eu estive no Canadá, país onde o francês é falado. Você projeta o pensamento de que, se alguém falar a sua língua, poderá entendê-lo perfeitamente, mas há alguns erros.

Saber idiomas aumenta sua mobilidade. Isso permite que você faça o que eu fiz. Já trabalhei em muitos países e não existem fronteiras para mim.

Você trabalhou com processos de desenvolvimento pessoal para adaptabilidade transcultural. Qual a importância dessa transição cultural para os cidadãos estrangeiros quando trabalham no exterior?

A adaptabilidade cultural não é fácil. Quando você aprende um idioma, aprende as palavras que o constituem. Você pode usar essas palavras, mas pode não ser capaz de se adaptar e compreender o aspecto cultural de um país, que são as artes, o teatro e a filosofia, por exemplo. Entender a história de um país é certamente algo importante para a integração, uma vez que permite que você converse utilizando suas palavras, mas falando sobre a história daquele país. Não é preciso saber tudo, mas é importante ter uma noção sobre o país em que está inserido. De qualquer modo, mesmo que você não seja bom falando uma língua, as pessoas percebem e apreciam que seu esforço de tentar se comunicar com elas. Reflete na integração.

Um dos principais problemas ao estudar idiomas é quando você tem medo de dizer algo errado. Mas posso dizer que em 106 países você encontrará pessoas que mal falam francês. Elas falam francês com um sotaque forte, mas falam. Então, você não deve ter medo de falar um novo idioma por causa do sotaque ou porque você não sabe gramática o suficiente. Vá e fale! Mostre às pessoas que você deseja se comunicar, integrar com elas e entendê-las. Estamos todos no mesmo planeta e temos nossa própria história. Se você estiver viajando para algum lugar, você deve pelo menos estar interessado na cultura do local e no estilo de vida da população. Se você não tenta falar o idioma local, você é de alguma forma arrogante. 

O mal uso da língua também é caminho para conflitos. Se você quer dizer algo e não usa a palavra certa, ou se não consegue explicar o que quer dizer, isso pode causar problemas, porque as pessoas entendem algo que você não quer dizer. Acontece por vários motivos e um deles é porque existem valores diferentes em cada país. Se você quiser se integrar, é um longo caminho. Mas o primeiro passo é certamente conhecer o idioma.

Lingotalks com Pierre Naquet #5: Línguas estrangeiras são passaporte para a liberdade e conhecimento

por
Lingopass
9.3.2021
Tempo de leitura:
7 minutos

Que línguas estrangeiras são importantes para os negócios e para o turismo, isso não é novidade. Porém, o aprendizado de idiomas pode exercer importância fundamental sobre o comportamento de um indivíduo e como ele lida com outras pessoas, seja do próprio país ou não. Pierre David de Rohan Naquet é francês. Apesar disso, é um cidadão do mundo. Sua mãe é austríaca-alemã, criada na Tchecoslováquia, e seu pai é francês, e esteve na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a vida, Pierre morou em diversos países da Europa, como Alemanha, Bélgica e Inglaterra. Além disso, já morou também nos Estados Unidos.

Atualmente, ele trabalha como consultor para grandes empresas multinacionais, atendendo clientes como Alston, Cartier, Sodexo e Universal Music. Formado em coaching, Pierre atua no treinamento de gestores e executivos top level para melhoria de desempenho e credibilidade de liderança, gestão de energia e emocional. Também tem como foco a resolução de conflitos, resiliência no trabalho, mentalidade empreendedora e habilidades de comunicação. 

É importante ressaltar que nem sempre foi assim. Com Doutorado em Finanças e Economia, o profissional iniciou a carreira trabalhando em empresas do setor financeiro - nas quais permaneceu por quase vinte anos. Cansado do sistema de valores, resolveu se aposentar da vida em corporações e iniciou o curso de Medicina. Pela longa jornada que a carreira médica exige, Pierre decidiu direcionar os estudos para a Psicologia do Comportamento - aconselhado por um professor. 

Assim, entrou para uma empresa na Bélgica especializada em desenvolvimento pessoal e coaching. Lá, trabalhou por cinco anos. Em 2004, passou a empreender e criou a própria empresa, a Executive Advisor International na qual passou a auxiliar executivos de nível C a melhorar comportamentos para que alcancem os objetivos desejados e mudem a forma como veem o mundo. Além disso, Pierre é também presidente do European Institute for Workplace Dynamics.

Em entrevista ao Lingopass, o psicólogo e empreendedor explicou as vantagens de se aprender um novo idioma e ressaltou os aspectos positivos que a vivência internacional é capaz de proporcionar. Confira:

Quais são as diferenças culturais mais significativas entre esses países?

Vou começar dizendo o que mais gosto em cada país. Na Áustria, na época, eu achava chato. Os alemães são objetivos. Eles dizem algo, eles fazem aquela coisa e está feito. Os belgas são muito simpáticos, são descolados, descontraídos, fazem piadas sobre eles próprios. Os britânicos, na época em que vivi na Inglaterra, me passavam a sensação de liberdade, porque eu nunca levei comigo um pedaço de papel para o meu carro provando minha identidade, e nunca me perguntaram nada na rua. Na América, tudo é muito conveniente. Você quer ir a uma academia à meia noite e você pode. Tudo é fácil. Quando você trabalha em um país fora do seu, é preciso ter uma certa competência que possa definir as pessoas. 

Na Europa, todos nós temos um imaginário de cultura semelhante, um processo de pensamento mais ou menos igual. Mas existem algumas diferenças. E aqui estão alguns que eu conheço: trabalhei na Finlândia, na Suécia e na Hungria, e eles não são o mesmo tipo de pessoa. Eles têm sua cultura forte, arraigada, e não muito misturada. Como francês, na Hungria, tive dificuldades para me adaptar.

Se você não conhece o idioma, não sabe se comunicar e não entende os valores históricos fundamentais, é possível que se sinta mal. Eu trabalhei para uma empresa francesa na Hungria, mas não fiquei muito feliz em interagir com os húngaros. O mesmo para a Suécia. Todos esses países têm uma identidade e cultura fortes, e quem não fala a língua local sempre terá dificuldade de se integrar adequadamente. A maior diferença para mim entre o francês e o alemão é que os franceses, pela cultura, são intelectuais, vivem nas nuvens e são muito filosóficos e entusiasmados. Já os alemães são mais diretos. A diferença é que existe uma espécie de aura entre as duas culturas. 

A língua inglesa é a língua internacional dos negócios. Não tenho dúvidas sobre isso. É a língua que faz você realizar coisas no mundo. Se você pensa em um cenário mais amplo e deseja ter competência internacional, precisa saber inglês.

Como as línguas estrangeiras podem melhorar a credibilidade de alguém no local de trabalho? Especialmente quando está relacionado a pessoas como presidentes e gerentes seniores de empresas.

Uma pesquisa revelou as línguas mais faladas do mundo - e não por questão de população. Primeiro é o inglês, segundo chinês, depois hindi, espanhol e francês. Todo o estudo foi feito em termos de economia dos países. Eu diria que os mais importantes são o inglês e o francês em diversos aspectos. Se você trabalha nos níveis mais altos em todas as empresas - e hoje ainda vivemos em um mundo global - é importante falar línguas estrangeiras. 

Se você for para outro lugar, mesmo no Brasil, as pessoas falam inglês, francês ou espanhol. Existem empresas que vêm de grandes compras, fusões ou aquisições, e geralmente elas vêm de empresas externas e estrangeiras. De qualquer forma, as pessoas que trabalham nestes locais em níveis superiores têm a obrigação empresarial de falar inglês, pois em algum momento encontrarão pessoas que não falam a língua deles. Caso você decida ficar no seu país e trabalhe em companhias de renome, com certeza você irá conhecer pessoas que não falam português. Elas falam as línguas internacionais de negócios. Se você quer fazer carreira em qualquer país, é preciso falar inglês.

Portanto, credibilidade é a palavra primeira palavra de peso. A segunda palavra é influência - a capacidade de influenciar outras pessoas. Se eu sou do Japão e não falo nenhuma outra língua, por exemplo, como posso me comunicar com outras pessoas? Qual é a minha credibilidade?

Posso ter um tradutor comigo, é claro, mas isso não é bom. Para influenciar as pessoas você tem que entender de onde elas vêm, sua cultura, suas limitações, como elas veem o mundo e para isso você precisa estudar um idioma. Mas não apenas para entender, mas para saber o que essa linguagem significa. Se você não conhece o idioma, pode não entender algumas palavras, pois elas não têm o mesmo significado em todas as culturas. 

As línguas são boas para a comunicação, mas não são boas para a significação. Se você deseja influenciar as pessoas, você precisa entender o que as palavras significam. Às vezes é até surpreendente. Eu estive no Canadá, país onde o francês é falado. Você projeta o pensamento de que, se alguém falar a sua língua, poderá entendê-lo perfeitamente, mas há alguns erros.

Saber idiomas aumenta sua mobilidade. Isso permite que você faça o que eu fiz. Já trabalhei em muitos países e não existem fronteiras para mim.

Você trabalhou com processos de desenvolvimento pessoal para adaptabilidade transcultural. Qual a importância dessa transição cultural para os cidadãos estrangeiros quando trabalham no exterior?

A adaptabilidade cultural não é fácil. Quando você aprende um idioma, aprende as palavras que o constituem. Você pode usar essas palavras, mas pode não ser capaz de se adaptar e compreender o aspecto cultural de um país, que são as artes, o teatro e a filosofia, por exemplo. Entender a história de um país é certamente algo importante para a integração, uma vez que permite que você converse utilizando suas palavras, mas falando sobre a história daquele país. Não é preciso saber tudo, mas é importante ter uma noção sobre o país em que está inserido. De qualquer modo, mesmo que você não seja bom falando uma língua, as pessoas percebem e apreciam que seu esforço de tentar se comunicar com elas. Reflete na integração.

Um dos principais problemas ao estudar idiomas é quando você tem medo de dizer algo errado. Mas posso dizer que em 106 países você encontrará pessoas que mal falam francês. Elas falam francês com um sotaque forte, mas falam. Então, você não deve ter medo de falar um novo idioma por causa do sotaque ou porque você não sabe gramática o suficiente. Vá e fale! Mostre às pessoas que você deseja se comunicar, integrar com elas e entendê-las. Estamos todos no mesmo planeta e temos nossa própria história. Se você estiver viajando para algum lugar, você deve pelo menos estar interessado na cultura do local e no estilo de vida da população. Se você não tenta falar o idioma local, você é de alguma forma arrogante. 

O mal uso da língua também é caminho para conflitos. Se você quer dizer algo e não usa a palavra certa, ou se não consegue explicar o que quer dizer, isso pode causar problemas, porque as pessoas entendem algo que você não quer dizer. Acontece por vários motivos e um deles é porque existem valores diferentes em cada país. Se você quiser se integrar, é um longo caminho. Mas o primeiro passo é certamente conhecer o idioma.

Do ponto de vista psicológico, quais são os impactos que diferentes línguas podem causar no cérebro das pessoas?

Existem muitas vantagens em estudar um novo idioma. Cognitivamente, quando seu cérebro está trabalhando em outro idioma, pode não funcionar da mesma maneira como faz com uma língua nativa. Assim, você aumenta a capacidade do seu cérebro de trabalhar e se manter saudável, pois você força seu cérebro a criar conexões elétricas. Sempre digo às pessoas para manterem o cérebro funcionando - isso pode ser feito de um escritório ou comprando uma passagem para voar para outro lugar e ver coisas novas. É saudável para nosso cérebro enfrentar novos desafios de linguagem. Esse aprendizado também é importante para desenvolver a inteligência social, que consiste em saber como interagir, tratar as pessoas e como compartilhar coisas. Ajuda a compreender as informações não explícitas de uma conversa. Se você não sabe algum ponto, pode compreender outros, ainda assim. Podemos ser mais versáteis.

Aprender novos idiomas também permite que você melhore a criatividade. Uma das diferenças entre o inglês e o francês é que no inglês há muitas palavras, e o francês tem menos palavras. Isso tem um impacto direto em como uma história será contada ou em como as pessoas irão explicar algo nessas línguas.

O terceiro ponto é que, se você aprender um idioma, será mais fácil para aprender outro idioma. A partir do momento em que você entende a estrutura do idioma, passa a saber que toda língua tem uma estrutura gramatical. Aqui na Áustria, vejo que algumas pessoas têm dificuldade em falar francês, por exemplo. E eu me pergunto por quê. Percebo que as pessoas não entendem a gramática de sua própria língua. Tive um professor que uma vez me disse que é preciso saber muito bem a sua própria língua para aprender outra. Você deve aprender a “respirar” em outro idioma.

Outra vantagem é o aumento da aceitação da ambiguidade. Se você está em uma conversa, você pode não entender tudo, mas certamente entenderá o contexto da conversa. Aprender um novo idioma permite que você adquira aceitação e tolerância sobre o que você não sabe. O mundo é complexo, incerto e ambíguo. Viver na Terra e não ser capaz de aceitar tudo é um problema.

Outro ponto de vista é que novos idiomas têm um impacto direto na aprendizagem de novos comportamentos. Pessoas em países diferentes têm maneiras diferentes de se comportar de acordo com sua cultura. Se você tenta aprender um novo idioma, aceita que vai aprender a ir para um novo mundo. Qual é a próxima fronteira? Ao virar a esquina! Permitir-se aprender coisas novas certamente é bom para o cérebro - para a motivação, para nossa aura e para a influência que podemos exercer sobre as pessoas.

Aprender outro idioma e compreender a cultura de outras pessoas o torna humilde. Você acredita que sabe tudo, acredita que seu país é o melhor do mundo, mas há outras coisas por aí que não sabemos. O aprendizado faz com que você valorize a vida, a comunidade e a interação.

Do seu ponto de vista, por que as pessoas deveriam se envolver no aprendizado de novas línguas? 

Um coach sempre tende a fazer perguntas para obter todo o contexto. Eu sempre pergunto sobre a vida da pessoa e os aspectos relacionados a ela. Uma das perguntas que faço é: “O que você deseja alcançar na sua vida?”. Quando você é idoso, por volta dos sessenta e sessenta e cinco anos, você já fez muito ao longo da vida e deseja fazer outras coisas. Uma das respostas mais comuns é “Eu gostaria de viajar e ver outras coisas ”.

Fundamentalmente, se você é uma pessoa curiosa, quer ver coisas novas. Você não pode fazer isso se você for um turista que quer apenas falar inglês. Você não será aceito.

Se você é curioso, se quer viajar ou trabalhar com negócios lidando com colegas internacionais, em qualquer caso, você precisa estar ciente do idioma. Talvez não cem por cento, mas deve saber algo. O que eu recomendaria é que se você vai para um país e quer morar lá, comece a conversar. Mas também, gaste um bom tempo para conhecer a estrutura dessa língua. Meu pai, que foi para a guerra na Inglaterra, costumava ter um caderninho no qual escrevia sempre que aprendia uma palavra nova. Ele, como um homem francês, queria ser capaz de se comunicar e compartilhar seus pensamentos com outra pessoa. E ele sabia que, para isso, precisava saber sobre a estrutura de uma frase.

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