Lingotalks com Hybra #13 Carreira bem sucedida no setor da Moda e Beleza!
O mundo da moda, à primeira vista, pode parecer um universo de criatividade e liberdade. Cores vibrantes, tendências inovadoras e a constante busca por reinvenção definem a superfície desse setor. No entanto, por trás da vitrine glamourosa, reside uma estrutura frequentemente envolta em conservadorismo, especialmente na França.
Para falar deste contexto, conversamos com Ibrahim H. Tarouhit, também conhecido como Hybra. Francês de 32 anos, filho de uma família muçulmana marroquina, preto e gay, ele desafiou as normas e barreiras da indústria da moda para se tornar um nome de destaque
Quando o assunto se trata sobre representação, representação de minorias e diversos outros aspectos.
Acredita que cada empresa tem um papel fundamental neste processo?
Em uma entrevista que dei este ano, uma frase chocante foi expressa: "Negro, Árabe, pedesta." Primeiro, abordo a expressão "pedesta" na entrevista, escolhida para chocar e destacar a associação pejorativa entre ser pedestra e gay na França. Outro ponto é a dificuldade das pessoas em compreender que ser árabe não implica ser muçulmano; é minha origem, não minha religião. Ao abordar a falta de representação, destaco no jornal o contexto francês, enfatizando a forte história de imigração, que vai além de movimentos recentes, como o Black Lives Matter. Cresci com a ideia de poder ser quem quisesse, mas ao chegar à França, percebi as dificuldades enfrentadas por pessoas como eu, frequentemente direcionadas a trabalhos como limpeza.Mais do que um sistema de integração, as empresas precisam oferecer um ambiente propício à projeção, quando o assunto é o papel que devem desempenhar.
Lingotalks com Hybra #13 Carreira bem sucedida no setor da Moda e Beleza!
O mundo da moda, à primeira vista, pode parecer um universo de criatividade e liberdade. Cores vibrantes, tendências inovadoras e a constante busca por reinvenção definem a superfície desse setor. No entanto, por trás da vitrine glamourosa, reside uma estrutura frequentemente envolta em conservadorismo, especialmente na França.
Para falar deste contexto, conversamos com Ibrahim H. Tarouhit, também conhecido como Hybra. Francês de 32 anos, filho de uma família muçulmana marroquina, preto e gay, ele desafiou as normas e barreiras da indústria da moda para se tornar um nome de destaque
Quando o assunto se trata sobre representação, representação de minorias e diversos outros aspectos.
Acredita que cada empresa tem um papel fundamental neste processo?
Em uma entrevista que dei este ano, uma frase chocante foi expressa: "Negro, Árabe, pedesta." Primeiro, abordo a expressão "pedesta" na entrevista, escolhida para chocar e destacar a associação pejorativa entre ser pedestra e gay na França. Outro ponto é a dificuldade das pessoas em compreender que ser árabe não implica ser muçulmano; é minha origem, não minha religião. Ao abordar a falta de representação, destaco no jornal o contexto francês, enfatizando a forte história de imigração, que vai além de movimentos recentes, como o Black Lives Matter. Cresci com a ideia de poder ser quem quisesse, mas ao chegar à França, percebi as dificuldades enfrentadas por pessoas como eu, frequentemente direcionadas a trabalhos como limpeza.Mais do que um sistema de integração, as empresas precisam oferecer um ambiente propício à projeção, quando o assunto é o papel que devem desempenhar.
Como foi sua experiência ao entrar dentro das empresas?
Meu caso é no ambiente da moda, com a ideia clichê de que a moda é muito aberta. Percebi, porém, a existência de um sistema conservador dentro desse cenário na França.
Tive a oportunidade de trabalhar em um ambiente híbrido, onde meu chefe valorizava a diversidade. Era verdadeiramente inclusivo, acolhendo diferentes tipos de corpos, tons de pele e muito mais. Acreditava que essa diversidade era normal, mas reconheço que tive essa experiência graças a uma chance.
Nos ambientes em que trabalhei, a questão da diversidade era presente, mas eram exceções, considerando o padrão tradicional do cenário na França.
Podemos dizer que algumas empresas enfrentam essa questão de representatividade, mas ainda é uma minoria. Podemos observar que há uma predominância de profissionais brancos, heterossexuais e conservadores?
Sim, em alguns níveis isso é verdade. Não importa se é uma empresa de luxo, grupo de moda ou qualquer outro setor. Não abordarei a questão da heterossexualidade, mas ao comparar os cargos ocupados por homens e mulheres, podemos notar uma disparidade significativa em grupos grandes. Em marcas de produtos femininos, por exemplo, os produtos são direcionados para mulheres, mas as decisões estratégicas são frequentemente tomadas por profissionais do sexo masculino e heterossexuais.