Economia circular: Como adotar as boas práticas e reduzir 630 mil toneladas de resíduos até 2050?
O aumento dos resíduos de residências e empresas, como restos de alimentos, embalagens, eletrônicos e roupas, é alarmante. Anualmente, mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são gerados globalmente, com previsão de chegar a 3,8 bilhões de toneladas por ano até 2050. Isso contribui para mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição.
Adotar uma economia circular é essencial para enfrentar esse desafio. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais minimiza o desperdício, a extração de recursos naturais e as emissões de gases de efeito estufa. Soluções inovadoras e políticas rigorosas de gestão de resíduos são cruciais para um futuro sustentável.
O que é economia circular?
Na economia circular, produtos e materiais são projetados para serem reutilizados, reciclados, recuperados ou remanufaturados, prolongando seu ciclo de vida econômico. Isso minimiza ou evita a geração de resíduos. Como resultado, há uma redução das emissões de gases de efeito estufa e do uso insustentável dos recursos naturais do planeta.
O relatório "Global Waste Management Outlook 2024", publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), destaca o papel crucial da abordagem de economia circular na minimização de resíduos.
O relatório analisa três cenários:
1. Manter as práticas atuais de geração e gestão de resíduos.
2. Melhorar a gestão e reduzir a quantidade de resíduos.
3. Adotar um modelo de economia circular de zero resíduos, onde 60% de todos os resíduos sólidos urbanos são reciclados e o restante é gerido de forma segura.
Como a economia circular pode reduzir os resíduos
Se o mundo adotar a terceira iniciativa pontuada nos cenários acima, até 2050, a economia circular poderia reduzir o volume de resíduos sólidos urbanos de mais de 4,5 bilhões de toneladas por ano para menos de 2 bilhões de toneladas, eliminando os resíduos não controlados – aqueles que são despejados ou queimados em fogo aberto – e reduzindo os resíduos em aterros sanitários em mais de 40%, para cerca de 630 mil toneladas. Além de ajudar a combater a crise climática, isso melhoraria a saúde humana.
O impacto da economia circular na saúde
Produtos de consumo descartados, como brinquedos, medicamentos, produtos de higiene pessoal, aditivos alimentares e detritos plásticos, podem contaminar o meio ambiente com compostos tóxicos que entram nos cursos d'água e na cadeia alimentar humana.
Esses contaminantes incluem substâncias que imitam, bloqueiam ou interferem com os hormônios do corpo, conhecidas como disruptores endócrinos.
Disruptores endócrinos, como cádmio, amianto e arsênico, aumentam os riscos de câncer, condições cognitivas, obesidade e problemas reprodutivos tanto em mulheres quanto em homens.
Economia circular: Como adotar as boas práticas e reduzir 630 mil toneladas de resíduos até 2050?
O aumento dos resíduos de residências e empresas, como restos de alimentos, embalagens, eletrônicos e roupas, é alarmante. Anualmente, mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são gerados globalmente, com previsão de chegar a 3,8 bilhões de toneladas por ano até 2050. Isso contribui para mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição.
Adotar uma economia circular é essencial para enfrentar esse desafio. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais minimiza o desperdício, a extração de recursos naturais e as emissões de gases de efeito estufa. Soluções inovadoras e políticas rigorosas de gestão de resíduos são cruciais para um futuro sustentável.
O que é economia circular?
Na economia circular, produtos e materiais são projetados para serem reutilizados, reciclados, recuperados ou remanufaturados, prolongando seu ciclo de vida econômico. Isso minimiza ou evita a geração de resíduos. Como resultado, há uma redução das emissões de gases de efeito estufa e do uso insustentável dos recursos naturais do planeta.
O relatório "Global Waste Management Outlook 2024", publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), destaca o papel crucial da abordagem de economia circular na minimização de resíduos.
O relatório analisa três cenários:
1. Manter as práticas atuais de geração e gestão de resíduos.
2. Melhorar a gestão e reduzir a quantidade de resíduos.
3. Adotar um modelo de economia circular de zero resíduos, onde 60% de todos os resíduos sólidos urbanos são reciclados e o restante é gerido de forma segura.
Como a economia circular pode reduzir os resíduos
Se o mundo adotar a terceira iniciativa pontuada nos cenários acima, até 2050, a economia circular poderia reduzir o volume de resíduos sólidos urbanos de mais de 4,5 bilhões de toneladas por ano para menos de 2 bilhões de toneladas, eliminando os resíduos não controlados – aqueles que são despejados ou queimados em fogo aberto – e reduzindo os resíduos em aterros sanitários em mais de 40%, para cerca de 630 mil toneladas. Além de ajudar a combater a crise climática, isso melhoraria a saúde humana.
O impacto da economia circular na saúde
Produtos de consumo descartados, como brinquedos, medicamentos, produtos de higiene pessoal, aditivos alimentares e detritos plásticos, podem contaminar o meio ambiente com compostos tóxicos que entram nos cursos d'água e na cadeia alimentar humana.
Esses contaminantes incluem substâncias que imitam, bloqueiam ou interferem com os hormônios do corpo, conhecidas como disruptores endócrinos.
Disruptores endócrinos, como cádmio, amianto e arsênico, aumentam os riscos de câncer, condições cognitivas, obesidade e problemas reprodutivos tanto em mulheres quanto em homens.
Uma abordagem de economia circular na gestão de resíduos sólidos urbanos também traria grandes economias de custo, de acordo com o relatório.
Manter as práticas atuais de gestão de resíduos custaria mais de 417 bilhões de dólares por ano até 2050 – um aumento de 165 bilhões de dólares em relação aos custos de 2020.
No cenário de economia circular, que inclui a redução de resíduos e o aumento da reciclagem, os custos estimados seriam de menos de 255 bilhões de dólares por ano.
Essa abordagem circular evitaria os "custos descontrolados de gestão de resíduos" e ainda proporcionaria um "desempenho ambiental vastamente superior", dizem os autores do relatório.
Adotar uma economia circular não é apenas uma necessidade ambiental, mas uma estratégia inteligente para um futuro sustentável e economicamente viável. Ao reduzir a quantidade de resíduos, minimizar os impactos negativos à saúde e cortar custos de gestão, a economia circular se apresenta como a solução eficaz para os desafios do crescimento populacional e econômico. Portanto, é fundamental que governos, empresas e indivíduos unam esforços para implementar práticas circulares e assegurar um planeta mais saudável para as gerações futuras.