Além da contratação: o papel do setor privado na integração de pessoas refugiadas
A crise global de refugiados é uma das questões humanitárias mais urgentes do século XXI, afetando milhões de pessoas que são forçadas a abandonar seus lares devido a conflitos armados, perseguições políticas, violações de direitos humanos e desastres naturais. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de deslocados forçados ultrapassou 100 milhões em 2022, um recorde histórico que reflete a gravidade dos desafios globais atuais.
No Brasil, esse cenário se materializa com a presença de mais de 80 mil refugiados reconhecidos em 2023, provenientes majoritariamente da Venezuela, mas também de países como Síria, República Democrática do Congo, Haiti e outros. A integração dessas pessoas na sociedade brasileira é um processo complexo que vai além da oferta de abrigo e proteção legal; envolve a criação de oportunidades para que reconstruam suas vidas com dignidade e autonomia.
Nesse contexto, o setor privado desempenha um papel essencial. As empresas não apenas podem oferecer oportunidades de emprego, mas também atuar como agentes de transformação social, promovendo a inclusão social, cultural e econômica dos refugiados.
Este artigo analisa como organizações como Riachuelo, Médicos Sem Fronteiras (MSF) e o Hospital AC Camargo, em parceria com a Lingopass, estão liderando iniciativas inovadoras para a capacitação e integração de refugiados, indo além da simples contratação.
Além da contratação: o papel do setor privado na integração de pessoas refugiadas
A crise global de refugiados é uma das questões humanitárias mais urgentes do século XXI, afetando milhões de pessoas que são forçadas a abandonar seus lares devido a conflitos armados, perseguições políticas, violações de direitos humanos e desastres naturais. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de deslocados forçados ultrapassou 100 milhões em 2022, um recorde histórico que reflete a gravidade dos desafios globais atuais.
No Brasil, esse cenário se materializa com a presença de mais de 80 mil refugiados reconhecidos em 2023, provenientes majoritariamente da Venezuela, mas também de países como Síria, República Democrática do Congo, Haiti e outros. A integração dessas pessoas na sociedade brasileira é um processo complexo que vai além da oferta de abrigo e proteção legal; envolve a criação de oportunidades para que reconstruam suas vidas com dignidade e autonomia.
Nesse contexto, o setor privado desempenha um papel essencial. As empresas não apenas podem oferecer oportunidades de emprego, mas também atuar como agentes de transformação social, promovendo a inclusão social, cultural e econômica dos refugiados.
Este artigo analisa como organizações como Riachuelo, Médicos Sem Fronteiras (MSF) e o Hospital AC Camargo, em parceria com a Lingopass, estão liderando iniciativas inovadoras para a capacitação e integração de refugiados, indo além da simples contratação.
Capacitação em Idiomas – superando barreiras linguísticas
Uma das principais barreiras enfrentadas pelos refugiados no processo de integração é a linguística. Sem o domínio do português, muitos encontram dificuldades para se comunicar, acessar serviços essenciais e se inserir no mercado de trabalho. Reconhecendo esse desafio, o programa Empowering Talents, desenvolvido pela Lingopass, oferece capacitação em idiomas com foco no ensino do português, além de inglês, espanhol e francês.
A Riachuelo, uma das maiores redes de varejo do Brasil, implementou o programa em suas operações, capacitando 80 refugiados de diversas nacionalidades. Durante quatro meses, os participantes receberam aulas intensivas de português, permitindo que aprimorassem suas habilidades de comunicação e aumentassem sua confiança no ambiente de trabalho. Essa iniciativa não apenas beneficia os colaboradores refugiados, mas também enriquece a cultura corporativa da empresa, promovendo a diversidade e a inclusão.
O Hospital AC Camargo, referência em oncologia na América Latina, também aderiu ao Empowering Talents. A instituição capacitou sua equipe de manutenção, composta por refugiados, proporcionando um curso intensivo de português de 90 dias. O resultado foi um aumento significativo na interação entre os funcionários e uma melhoria no desempenho profissional dos participantes, que passaram a se sentir mais integrados e valorizados.
Inclusão social e diversidade no ambiente corporativo
A integração efetiva dos refugiados vai além do aprendizado do idioma; é fundamental que as empresas cultivem ambientes inclusivos que valorizem a diversidade cultural e promovam a igualdade de oportunidades. Médicos Sem Fronteiras (MSF), organização humanitária internacional cliente do Lingopass, atua em zonas de conflito e regiões em crise e tem experiência direta e cotidiana com populações refugiadas em países como Síria, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.
Além disso, a participação ativa de empresas em fóruns e redes de apoio, como o Fórum Empresas com Refugiados, liderado pelo ACNUR, fortalece o compromisso com a responsabilidade social corporativa. O Hospital AC Camargo, ao integrar esse fórum, compartilha boas práticas e adota políticas inclusivas que visam reduzir a rotatividade de funcionários e promover um ambiente de trabalho diverso. Essas ações refletem um entendimento de que a diversidade é um ativo estratégico que impulsiona a inovação e o crescimento sustentável.
Parcerias estratégicas e impacto social sustentável
A integração de refugiados é um desafio multidimensional que requer a colaboração entre o setor privado, organizações não governamentais e agências internacionais. O Lingopass, em parceria com entidades como o ACNUR e ONGs locais, estabeleceu a meta de alcançar 10.000 refugiados até 2027 por meio de programas de capacitação em idiomas e habilidades profissionais.
Iniciativas como as da Riachuelo e do Hospital AC Camargo demonstram o poder das parcerias estratégicas em amplificar o impacto social. Ao oferecer suporte contínuo e ferramentas para o desenvolvimento pessoal e profissional, essas empresas não apenas auxiliam na integração dos refugiados, mas também fortalecem suas próprias equipes com colaboradores motivados e diversificados.
A expansão das atividades do Lingopass para outros países latino-americanos, como Colômbia e Peru, amplia o alcance dessas iniciativas. Nessas nações, o foco tem sido a capacitação de refugiados venezuelanos, que representam uma parcela significativa da população deslocada na região. Ao alinhar suas ações com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 10 (Redução das Desigualdades) e o ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), o Lingopass e suas empresas parceiras contribuem para a promoção de sociedades mais justas e inclusivas.
O setor privado tem um papel crucial na promoção da integração de refugiados, indo além da mera oferta de empregos: a educação, o apoio linguístico e a criação de ambientes de trabalho inclusivos são fundamentais para que os refugiados possam reconstruir suas vidas e contribuir ativamente para a sociedade. Ao investir em capacitação e inclusão, essas empresas não apenas transformam a vida de milhares de refugiados, mas também fortalecem suas próprias estruturas organizacionais.